sábado, 29 de dezembro de 2012
Misturinhas: AMOR DE CINEMA!!!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Entrendido: [Merchandising] Who is...?! Siobhan Magnus
sábado, 15 de dezembro de 2012
Annaeva
"Eu vou esquecer minha mãe, vou esquecer meu pai, ninguém me deu à luz, eu sou herdeira de nada. Uso meus pés e sigo adiante, meu objetivo é tão distante quanto o horizonte, eu não preciso amar meus amigos, eu não preciso odiar meus inimigos, debaixo de mim está a terra, por cima de mim está o céu, no meio estou eu."MARON, Monika. Annaeva. In:_____. O Engano (Das Missvertändni, 1982).
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Reforma
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
ente ante
reluzente e impregnante
Intoxicada de amor carente
aparente e operante
Transbordada de amor envolvente
suficiente o bastante
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
NO MEIO DOS SEUS DENTES
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Paradoxal
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Die Bushaltestelle - ou "Meu Desencontro"
No ponto do ônibus
Tinha marcado um encontro comigo
Mas não apareci
terça-feira, 18 de setembro de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
One Art
One Art
The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.
-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elisabeth Bishop
terça-feira, 17 de julho de 2012
Um perigo
Felicidade boa é no fim do dia,
que a gente pode dormir e sonhar...
Mas sonhei tanto contigo que acordei a sorrir...
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Sonho Eterno
Pensar que seu sonho agora já é infinito
Desejo-lhe que seja, de todos, o mais bonito
Pois do meu sonho eu saio mergulhada em pranto
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Dá tempo?!
quarta-feira, 23 de maio de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
Finde Perfeito
Eu acordei meio-dia. Porque minha mãe às onze e meia me perguntou: "Tá tudo bem?!" Faltou-me ânimo pra responder: "Tá não..." Separei as apostilas para estudar. Nisso já era uma da tarde. Fiz o arroz, tomei banho, almocei. Duas horas. Já havia me mudado para o quarto dos pais quando o meu pai querido diz: "Eu vou tirar um cochilo, mas pode continuar aqui." Melhor não, pensei comigo. Mudei-me para a sala. Ele não deita. Em vez disso, fica entrando e saindo (pela porta da sala), e falando alto com a minha mãe e minha tia (ainda na sala). Eu volto pro quarto - sou esperta o suficiente pra ir só com a apostila que estou lendo, o caderno e uma caneta. Ele resolve se deitar. Respondo a uma questão. Três horas. Começo a ler outra apostila. Meus parentes estão fazendo toda a gritaria e barulheira que antecede a saída deles. Os cachorros entram no coro. Eles vão embora. A apostila é um pé no saco. Tento outra. Ainda outra. Só mais uma. Resolvo ler os resumos das epopeias. Percebo que consigo responder (mesmo que mais-ou-menos) à primeira pergunta. Minhas pernas formigam. Eu levanto. Como um chocolate (não me julguem). Respondo a questão. Chega uma amiga da minha mãe. Cinco horas. Vamos ao mercado.
Se Homero e Virgílio não estivessem já bem mortos, eu matava eles...
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Os Corvos
A última estrofe do poema "O Corvo", de Edgar Allan Poe, em inglês e em três versões em português.
Original
And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seemimg of a demon's that is dreaming,
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul out that shadow that lies floating on the floor.
Shall be lifted - nevermore!
Fernando Pessoa
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
Haroldo de Campos
E o corvo, sem revôo, pára e pousa, pára e pousa
No pálido busto de Palas, justo sobre meus umbrais;
E seus olhos têm o fogo de um demônio que repousa,
E o lampião no soalho faz, torvo, a sombra onde ele jaz;
E minha alma dos refolhos dessa sombra onde ele jaz
Ergue o vôo – nunca mais!
Machado de Assis
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
terça-feira, 17 de abril de 2012
Me Perder
Você só me perde, mais e mais
Toda vez que você diz "pode apostar"
Eu só caminho e te deixo pra trás
Sereia
Mas o teu canto eu não posso ouvir
Cauda de peixe, asas de pássaro? Não creio
Que eu possa realmente te definir
segunda-feira, 16 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Números
Singulares, plurais
Dezenas, centenas, milhares, milhões
Ímpares, pares
Combinações
Aleatórios (será mesmo?!)
Cardinais, ordinais
Fracionados
Decimais
Multiplicados, divididos
Somados, subtraídos
Racionados, potencializados
Somos calculados
Resolvidos
Contestados
Provados
Analisados
Jogados (num plano cartesiano)
Somos infinitos.
Isso
sexta-feira, 30 de março de 2012
Pérolas do Professor de Clássicos I
"I" porque realmente o nome da disciplina é "Introdução aos Estudos Clássicos I" e porque eu imagino (e espero) que venham outras...
Na aula de terça: Professor retoma a leitura da Odisseia no verso errado, TODO MUNDO levanta a cabeça, ele se dá conta e diz: "Eu fiz isso pra ver se vocês estavam prestando atenção..."
Na aula de quinta: Professor escreve a palavra "ninguém" em grego, só que errado, mas NINGUÉM repara. Quando ele percebe o erro, vai lá e corrige enquanto fala: "Eu fiz isso pra ver se vocês estavam atentos, vocês não estavam..."
Em aulas anteriores:
Após ler a Bibliografia que será utilizada nesse semestre e dar-se conta que a maioria dos livros/artigos são de professores "da casa" (ou seja, da USP), ele me solta: "Esse é um curso muito caseiro..."
Quando uma aluna comenta algo escrito na introdução do livro: "Ah! Eu não li a introdução do livro..."
Devo estar esquecendo de alguma, além das que são impublicáveis, e das que perdem a graça fora do contexto...
Querida Sexta-Feira...
Querida sexta-feira linda do meu coração. Como está?! Espero que bem. Como você já deve saber, esse mês não tem sido dos melhores pra mim. Ele nunca é (problemas antigos com o mês de Março, sabe como é). Mas o atual tem sido infinitamente pior que os demais. Não é necessário (nem saudável) discorrer sobre as causas disso. Basta que você saiba que hoje não é um bom dia para tudo acontecer. Não é. Já me basta os previstos, que são dolorosos, mas esperados. Hoje não é dia para imprevisto nem no singular, que dirá no plural. E muito menos se forem imprevistos dessa magnitude. Ficamos combinadas assim: o dia passa beeem rápido, eu faço tudo que tenho que fazer (porque se eu fizesse só o que eu quero, nem aqui eu estava escrevendo), e mais nada acontece, ok?! Pode ser?! Tranquilo?!
terça-feira, 20 de março de 2012
Conto de Twitter
Ele diz, num sorriso quase inocente.
E ela, sem o anel.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Flores no Jardim
Vermelhas, Azuis
Cor, Cheiro, Tato
Nome, Significado
Não sei, Não vi
Senti, me perdi
domingo, 18 de março de 2012
A Saga das Unhas
Esse não é um blog sobre unhas (mas se eu quiser, se tornará, porque eu que mando nessa bagaça - mas no momento não quero). Mas é um blog sobre mim, e como esse fim-de-semana eu passei tentando pintar minhas unhas da mão, esse post será sobre isso.
Normalmente eu não faço minhas unhas. Na verdade, eu não faço minhas unhas nunca. Eu pago uma manicure pra fazer isso. E no momento eu desejo uma manicure mais do que um namorado, um gato ou a caixa com todas as temporadas de Friends.
Não vou ficar aqui chorando pela manicure que casou e foi pra bem longe (Karina - uma saudade), ou sobre a que deixou de fazer unhas (Mayre). O caso é que eu tinha marcado com alguém pra fazer minhas unhas mas infelizmente houve um imprevisto e ela não pode fazer.
Eu já tinha passado uma semana com esmalte vencido (mais de uma semana nas mãos) e uma semana sem esmalte nas unhas (a propósito, dizem que é muito bom deixar a unha "descansar" de esmaltes de tempos em tempos, mas no meu caso foi pura falta de tempo mesmo). Já estava incomodada com a falta de cor nas unhas...
Por isso, resolvi pintar eu mesma minhas unhas. Eh! FUN FUN FUN!!! Ehhhhhhh... Não. Eu já havia feito isso duas vezes antes, tinham sido traumáticas, mas até que ficaram boas. Só que dessa vez eu resolvi pintar de VERMELHO - detalhe: não sei limpar os cantinhos. E em vez de pintar uma unha (a anelar) diferente como eu sempre faço, eu quis fazer uma inglesinha (francesinha colorida). É, eu sei, sou louca.
Alie isso a minha falta de paciência e o estrago está feito. Fiz A LAMBANÇA nas minhas unhas, ficaram todas borradas e com os cantos mal-limpos. Mas era sábado a noite, who cares?! Domingo de manhã eu vi que não poderia ir trabalhar com as unhas naquele estado. Isso significa que eu tirei tudo e passei só uma base, ou um nude, certo?! Errado, claro. Tive a brilhante ideia de passar um craquelado vermelho (hahaha) por cima, já que pra ficar com aparência de desleixo, que fosse de propósito. E a ideia foi realmente brilhante, porque ficou até bem legal.
Mas craquelado é fosco, e eu queria brilho. Fui passar uma cobertura brilhante por cima, e virou uma meleca. Pensei: "Óbvio Ana, você precisa passar a cobertura específica pra craquelados..." Ela se chama cristalizador, é meio esquisitinha - e SIM, eu tenho uma cobertura específica pra craquelados, eu tenho uma coleção de esmaltes que eu comprei com o meu dinheiro (fora os presentes de mamãe), e NINGUÉM tem nada que ver com isso, obrigada. Mas com o cristalizador ficou uma meleca do mesmo jeito. O que fazer quando você já tentou tudo e mais um pouco? Desiste?! Tira tudo e faz de novo?! Não, não. PASSA UM FLOCADO POR CIMA. Já que estava uma festa só, com 150 camadas de esmalte nas unhas, que diferença faria um flocado, certo?!
FEZ A DIFERENÇA. Ficou bom. Não vou falar que ficou ótimo, porque eu já usei flocado em situações menos "adversas" e com certeza ele fica muito melhor; mas ele cumpriu o propósito ao qual se destinou hoje.
Os cantos continuam muito mal-limpos, mas como minha mãe disse, o flocado deu uma boa disfarçada nisso...
Esmaltes Utilizados:
NS Star - Passion Red
Beauty Color - Felina
Big Universo - Magma (craquelado)
Colorama Cobertura Intensificadora da Cor (conhecido como o roxinho) - só passei no mindinho
Mohda - Cristalizador
Hits Speciallitá - Lambada (Flocado)
Obs.: Só esqueci de colocar a base aí, foi a nova do AVON (eu curti bastante...)
E enquanto eu pintava minhas unhas no sábado a noite, eu ouvia o CD dessas lindezas... *-*
quinta-feira, 15 de março de 2012
Coisas que só a linguística faz por você...
O Professor ontem: "Todo mundo aqui conhece a banda de Rock Pink Floyd, certo?! E o álbum mais conhecido deles? Isso mesmo, The Dark Side Of The Moon. Me descrevam a capa do disco. Isso, num fundo preto, um triângulo, um 'prisma', de um lado um feixe de luz, e quantas cores saem do outro lado do 'prisma'?! Sete?! Não, são seis cores."
"Por que são seis cores, classe?!" Depois de várias tentativas, um colega acerta: "Porque para os ingleses tem seis cores." A resposta está certa, apesar de simplista. A verdade é que os ingleses classificam anil e roxo como sendo a mesma cor - purple. Por isso o arco-íris dos falantes de língua inglesa tem seis cores.
Esse é um exemplo de como é difícil fazer uma tradução "fiel" de uma língua pra outra.
Estou apaixonada pela área de linguística!
terça-feira, 13 de março de 2012
Amor Sincero
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Não é nada pessoal.
E não é mesmo. Meu problema com dentistas é o mesmo que com os professores de geografia - não é nada contra a pessoa, só com a profissão dela (no caso dos professores de geografia, não é nem com a profissão de professor, mas com a disciplina ministrada). E eu confirmo que não é nada pessoal porque eu já tive uns... alguns professores de geografia, e já passei por trocentos dentistas, e nunca gostei de nenhum.
Well... mentira isso. Teve um dentista que eu simpatizei, mas foi o que extraiu meu primeiro siso, e como o siso estava me incomodando, e ele o tirou e só, nem conta. E teve também um professor de geografia que eu gostei, mas acho que ele não ensinava geografia, só ficava paquerando as meninas...
Mas voltando aos dentistas, eu tinha uma consulta marcada pra hoje. E só não desmarquei porque isso me daria um "gancho" no convênio de 60 dias (luxo que não posso me dar) e ainda teria que pagar a consulta (outro luxo). Então eu fui, com toda boa vontade e felicidade do mundo - só que ao contrário.
Dentista novo, a voz era bonita, mas a pessoa não. Ele era careca e barbado, e embora essa combinação seja certeira, não sei se é o fato de ele ser dentista, ou o fato de além disso ele usar aquela toquinha de dentista (ele é careca! pra que toquinha?!), só sei que não curti o dentista.
No consultório odontológico do convênio toca alpha fm - na sala do dentista. Não na sala de espera. Ali tem uma TV e revistas (e GIBIS!). Mas na sala do dentista toca alpha fm. Então ele me explicava o que tinha de ser feito e me perguntava desde quando meu dente tinha quebrado (falei "não sei", o que é verdade, só não completei com um "faz tanto tempo..."), e eu ia ouvindo J-Lo - uma lentinha dela, eu apostaria em "Glad", mas agora não tenho certeza...
Fui pagar o serviço (o convênio não cobre tudo), voltei pra sala dele (nem pra primeiro fazer e depois eu ir pagar, né?! mas tudo bem) e iniciamos a tortura o tratamento.
Depois disso eu não consegui ouvir mais a rádio porque os aparelhos fazem tanto barulho, isso sem contar o "sugador de baba água", que não sugava nada e quase me fez engasgar uma par de vezes, sem contar a baba água escorrendo pelo meu pescoço - e o dentista nem aí... (senti falta da Dra. Tina nesse momento, embora dentista como todos os outros, ela me parecia mais cuidadosa - isso porque ela era dentista infantil, e eu passei com ela até os meus... 19 ou vinte anos, sei lá...)
Anestesia de dentista - é realmente necessária?! (Não respondam) Como dói! Ontem eu fui tirar sangue, e embora tenha quase desmaiado em cima do enfermeiro (que não era gatinho, e dava uma pinta danada - essa mesmo que vocês estão pensando -, mas foi um doce e me deixou ficar no lugar até meus pés voltarem a reconhecer o chão), acho que preferia tirar sangue todo mês em vez de ir ao dentista - ou não.
O mais legal é que o procedimento dura meia hora, mas a anestesia dura a tarde toda. E a sensação que se tem é que sei lábio inchou até ficar do tamanho do da Lana Del Rey, seu nariz bloqueia e você respira com dificuldade, e você perde a coordenação motora da fala. Só que nada disso acontece, e você fica olhando pros outros como se eles percebessem tudo isso que você tá sentindo, e os outros te olham como se você fosse um babaca - o que você realmente é, naquele momento.
Aí o dentista molha toda a sua cara, porque não basta o pescoço molhado e você engasgando. Há necessidade de tanta humilhação?!
Já temos consulta marcada pra semana-que-vem, quando extrairemos meu último dente do siso. Estamos felizes, sim, claro, ou com certeza?! (Só que não)
Até pensei em postar a J-Lo, mas não confirmo a música que ouvi no dentista - e assim eu tenho a desculpa perfeita pra por Lana aqui... hahaha (Como se eu precisa de desculpas pra isso, o blog é meu mesmo...)
Saudades
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Palavras
A poesia é que me faz
Ela usa seu encanto
E me inunda de paz
Não sei escrever, nem rimar
Mas as palavras rimam
E quando me veem, cismam
Que eu as devo cantar
Não sou poeta, sou atleta
Faço o exercício da reflexão
Isso me dá inspiração
Ideias em mim desperta
Não sou letrada, estudada
Não sei das coisas, sei de nada
Mas aprendi que a vida ensina
Desde velhinha até menina
Nasci velha, morri jovem
O pensamento tem esse poder
Faz surdo ouvir, cego ver
Dá vida vida aos que morrem
Se eu deixar de existir (morrer)
Guarda as minhas palavras na tua lembrança
Quando já mais velho, volta a ser criança
Pra que assim eu possa persistir (viver)
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Porta
Eu gostaria de passar por ela
E ver pra onde ela me leva
Pois toda porta vai pra algum lugar
Mesmo que seja lugar nenhum
E às vezes eu tenho vontade de ir pra lá...
Desejos
domingo, 5 de fevereiro de 2012
"These dreams are forever"
"Oh these dreams are forever"
Passei na FUVEST. Difícil acreditar. Ainda. Quando eu vejo meu nome naquela lista, ainda não entendo plenamente o que significa. Vai ver porque sonhei muito com isso. E porque acreditei que sonhos não se realizavam. Nunca. Ou talvez seja porque achei que não daria certo. Que eu não conseguiria passar no vestibular mais concorrido do país. Que não conseguiria nem fazer a prova. Ou até a inscrição pra ela. Ou ainda porque pensava que não devia fazer faculdade. Que seria uma preocupação a mais. Que eu não tinha tempo, ânimo ou capacidade pra isso. Eu desisti muitas vezes antes de tentar. Eu cheguei a me inscrever uma vez e não prestar. Eu pensei todos esses anos em me inscrever novamente, mas nunca o fiz. Até ano passado.
O que mudou ano passado?! Nada. Tudo. Desejos devem ser como fogos. Alguns o tempo trata de apagar. Outros o tempo só aumenta. Esse o tempo aumentou. Ele passou anos escondido, mas sendo alimentado. Provavelmente a escolha da carreira seja algo que nem eu saiba explicar. Não fui eu que a escolhi - ela me escolheu. E disso eu não tenho dúvidas. Não acredito em destino, nem nada disso. Mas seria tolice minha dizer que eu não nasci com isso. Chamemos de genética, então.
E a primeira "culpada" (de tantas que apresentarei nesse texto) por isso é a minha mãe. Sem dúvidas. Se eu não tivesse nascido com isso, mesmo assim seria apaixonada pelas palavras, porque a minha mãe me ensinou a amá-las antes mesmo de saber lê-las ou escrevê-las. Cresci num lar cheio de amor e carinho - e livros. Paredes cheias. Meu pai (outro culpado) comprou todos que julgou necessário pros seus filhos. E a que vos escreve agora sentia uma leve inveja por seu irmão mais velho (culpado) já saber ler enquanto ela, com 4 (QUATRO!) anos não sabia. O que me fez entrar na escola já sabendo ler. QI alto?! Não. Altos estímulos, isso sim.
Depois disso, a lista de culpados só aumenta. Todas as professoras do José Barbosa (até algumas com quem não tive aula) me fizeram amar aprender, mostrando que conhecimento nunca é demais. No Piqueri que eu descobri a minha área. Incrível como Português sempre foi a matéria que mais fez sentido pra mim - embora não fosse exata. Se sempre tive ótimas professoras de português?! Não. Algumas foram péssimas. Mas me motivaram a aprender por mim mesma, e nem sempre acreditar em tudo que me é dito. Provar a mim mesma o que é certo. Um pouco de contestação sempre é bem vinda.
Ainda nessa fase descobri que meu amor não era só à língua materna. Passei a aprender inglês (em escolas públicas pessimamente, em cursos de idiomas razoavelmente, na escola da vida perfeitamente), espanhol, alemão. Amando todas, a última um pouco mais - por motivos desconhecidos.
Mas depois do ensino médio, fui tomada por um pavor mórbido pela FUVEST, e resolvi seguir a minha vida. Mas temer a FUVEST não diminuía a vontade de continuar aprendendo. Então, depois de alguns anos, com um curso de secretariado, um emprego estável e uma vida encaminhada, eu tinha aquele fogo acesso em mim, sem conseguir contê-lo.
Aí surgem ainda outras culpadas. A amiga do ensino médio que promete nunca te deixar em paz enquanto você não começar a faculdade. A outra que já passou na FUVEST e te incentiva a tentar também. A que (ainda) não fez uma, mas te dá o maior apoio. A psicóloga que te faz tirar uma foto do comprovante de inscrição pra provar que você REALMENTE se inscreveu. Os amigos que te ajudam a estudar. A bibliotecária que separa todos os livros de literatura. Os pais que te levam pra prova. As colegas de trabalho que torcem por você. O irmão que te manda uma mensagem (bem humorada) de conforto. A cunhada que também vai voltar a estudar.
Transformei tudo que poderia parecer cobrança em incentivo e torcida, em palavras de apoio. E fui fazer a maratona de 4 provas - 1 na 1ª fase e 3 na 2ª. E não esperava passar na primeira chamada. Talvez nem na primeira vez que tentasse a FUVEST - já que fui reprovada duas vezes antes de passar na prova do DETRAN. Mas passei.
Passei pra descobrir que eu nunca tinha sonhado em passar na FUVEST. Não. Eu sonhei (e continuo sonhando) em aprender cada vez mais, aumentar meu conhecimento. Quando comecei essa jornada, eu me dei conta que tinha dado o primeiro passo, e não importava mais se eu conseguiria ou não, na primeira vez ou nas outras, na USP ou em qualquer outra Faculdade, eu iria voltar a estudar, porque era isso que eu queria. E capaz de perceber que não tinha mais volta, eu fui presenteada com uma vaga onde eu queria, do jeito que eu queria.
Se tivesse prestado esse vestibular antes, talvez não tivesse conseguido tão fácil (foi relativamente fácil se pensarmos que eu quase não estudei, e terminei o ensino médio há uns bons anos), e provavelmente desistisse depois do primeiro fracasso. Mas eu estava mais motivada que nunca, e tudo deu certo.
Eu gostaria de escrever mais um milhão de linhas pra agradecer a cada um, por nome, por tudo que fizeram e continuarão a fazer por mim. Eu diria que a gratidão que eu sinto não pode ser expressa em palavras, mas acredito que essas tais palavras até que conseguem expressar muita coisa - talvez por isso goste tanto delas...
Pra quem acha que acabou, aviso que só começou. Como disse uma das mais recentes "culpadas", é mais fácil entrar que sair da Universidade. Eu só dei o primeiro passo. Mas "uma longa viagem começa com um único passo". - LaoTsé
"A long long way to find the one
We'll keep on dancing till she comes
These dreams are forever
Oh these dreams are forever
And if you wanna wake the sun
Just keep on marching to the drums
These dreams are forever
Oh these dreams are forever"
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Foi-se a Tristeza
De voltar a felicidade
Você nunca sabe
Se é uma coisa boa ou ruim;
Se é começo, meio, ou fim;
Se é 'não', 'talvez', 'ou sim'.
Você nunca sabe, enfim.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Rosa de Hiroshima
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
Vinicius de Moraes
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Já passou...
Revivê-lo é impossível.
Isso que você pensa ser real é fantasia.
O que foi já passou...
Momento de Reflexão - Será?
- Sério?! Algo como: "Qual é o sentido da vida, o que eu estou fazendo dela, será ela tudo que há?!"
- Não! Algo como: "Por que ele diz que me ama mas nunca me liga, nem retorna minhas ligações?!"
Oo
Ironias
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Talvez
Pode ser que eu seja tudo o que eles pensam
Quiçá eu seja mais
Quem sabe, menos
Talvez eu não seja, mas finja
Quem sabe eu não finja, mas seja
Quiçá eu finja ser e seja
Pode ser que eu seja e finja
sábado, 28 de janeiro de 2012
Comentando o Clipe: Red Hot Chili Peppers - Look Around
Esse é o tipo de clipe que explica todo o meu amor por esses "homis". Porque "The Adventures..." é uma música boa com um clipe tosco, e "Monarchy Of Roses" é uma música mais ou menos com um clipe também mais ou menos. Mas "Look Around" é exatamente o que o Red Hot é: puro amor... *-*
http://www.youtube.com/watch?v=WnisBb2rVOg&feature=g-all-bul&context=G2981a6eFAAAAAAAAFAA
Começamos sendo apresentados a 4 espaços distintos que correspondem ao "quarto" de cada um. "Quarto" entre aspas porque o do Chad é um banheiro, o do Anthony é uma sala/cozinha (se tem geladeira é cozinha, nem vem), o do Flea é realmente um quarto e o do Josh é um... Josh já conquistou meu coração e eu não vou entrar em méritos de guitarristas mas QUE PORCARIA DE QUARTO É ESSE, MEU FILHO?! Quando Chad mostra mais personalidade que você nesse quesito é porque algo está muito, MUITO errado...
Anthony com seu pijama de presidiário, Chad de roupão, não vamos nos importar com a roupa do Flea (mais tarde vocês entenderão o porque) e o Josh já se mostrou um sem-personalidade mesmo, so who cares?!
Viram que o Anthony está sem a franja emo?! Só falta arrancar a taturana de estimação que grudou acima da boca...
Temos uma modelete de cabelo colorido pra performar com o Flea, o dog do Anthony (que lindão, não?!), um saco de pancada pro Chad e um abajur pro Josh. Tudo muito coerente, como tudo relativo ao Red Hot, não?!
Também temos um modelete de cabelo rosa pra performar com o Anthony, e não agora no começo do clipe, mas mais lá pro final vocês verão que ela tem uma cara aterrorizante - eu achei. E ela tem que fazer toda uma performance pra sair da geladeira, né?!
O Chad está sentado na privada. Isso mesmo que você acabou de ler.
O Anthony fica mostrando o cachorro por todos os ângulos, como se quisesse vendê-lo - quanto será que ele quer pelo dog?!
Enquanto o Josh não faz nada, o Flea faz tudo.
Ele (o Josh) fica lendo um livro, sentado, como se fosse o clipe de "Meet Me At The Corner", e não o de "Look Around", né?! Mas pensando por um instante, não creio que o quarto do John teria mais informação que isso...
Anthony tem o poder de andar pelos quartos.
A modelete cor-de-rosa está pichando o quarto/sala/cozinha do Anthony! E a modelete colorida tá tirando a roupa, mas até aí, o Flea também tá...
E o Josh tá com cara de dor-de-barriga (alguém acode o menino, faz favor?!). O Chad toma banho de roupão... Ainda bem.
Agora vemos o meu filho do Anthony, uma criança linda só por ter o pai que tem. Só por isso mesmo. Com esse cabelo comprido parece mais uma menina um Hanson. E deve ter herdado a personalidade da mãe, porque olha... O pai se matando de tanto pular/dançar, e a criança sentada no sofá. Era pra estar pulando de tal forma que chegasse ao quarto do tio Flea... Pensando melhor, fica sentadinho no sofá mesmo...
Aos 2 minutos - a cara de psicopata da modelete rosa. Eu fiquei com medo. Como deixam a criança com essa ser?! É menos perigoso deixar com o Flea Josh...
Qual é a única alegria de Josh?! Tocar guitarra - porque ele não me parecia feliz lendo livros...
Anthony invadindo os espaços alheios enquanto seu filho permanece sentado no sofá com cara de "o que eu estou fazendo aqui?!" . DNA nessa criança, Anthony, por favor...
Eu devo ter assistido a esse clipe um zilhão de vezes antes de fazer essa resenha, mas só dessa vez (em que eu vou parando pra prestar atenção aos detalhes) que eu notei que o Anthony troca de calça no final do clipe - não na nossa frente, parece mais um erro sequencial, em uma cena ele está com a calça do uniforme presidiário e na outra ele está com uma calça pior ainda - se é que isso é possível...
Apesar de tudo, Josh já ganhou um lugar no meu coração, pois eu achei-o lindinho nesse clipe. Tá que ele consegue ganhar do Chad em ser "Who?!" na banda, mas até aí... Chad também já mora no meu coração, porque se 20 anos de banda não fizerem isso por ele, não sei o que mais fará...
As luzes se apagam e todos somem. Fim.
Se o clipe tem mais coisas a serem comentadas?! Claro que tem! Mas eu sou uma só, e esse post também é pra ser um só, então a gente termina por aqui...
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Ano que vai, ano que vem...
Acho que não estou tão feliz com a mudança de ano dessa vez porque esse ano foi muito bom, e eu sinto um certo medo do que me aguarda. Aquela coisa de que o que é bom dura pouco, e nada dura para sempre, e blá blá blá... Pessimismo por antecipação, sabe?!
Desejo que no próximo ano eu seja menos pessimista. Sim, isso é um desejo. E não, não é um desejo de fim-de-ano. Porque eu devo desejar isso há uns... milhares de anos. É, Papai Noel não me deu otimismo de presente de Natal. E eu nem acredito nele. Ele não existe. Nem coelho da Páscoa. Nem príncipe encantado ou vampiro bom-moço. Aliás, vampiros não existem. E eu estou muito chata hoje. Deve ser o sono, misturado com o barulho dos fogos (se um dia alguém falar: "será que existe alguém que não goste da queima de fogos?!", você poderá responder que Sim!, existe um ser humano tão infeliz assim), as escolhas musicais da vizinhança.
Estava com saudades do Blog. Gente, até o fim do ano-que-vem (esse não conta mais) eu termino meus posts sobre os Chili Peppers. E escreverei sobre outras coisas também, porque tem um povo muito chato que fica enchendo minha paciência dizendo que eu só escrevo sobre Red Hot... Calúnia! Nem leram o resto do blog, que falta de consideração!!!
Enfim, agora vou tentar (zilhões de risos elevados a todas as potências) dormir (idem ao parêntese anterior). E nada de feliz ano novo. Estou de mau humor humor...
Detalhe que escrevi isso no dia 31 de dezembro... de 2010. Mas não publiquei. Aliás, nem as resenhas dos discos dos meus "homis" (aka Peppers) eu publiquei. Esses porque eu não fiz mesmo... Nem deles, nem de nenhum outro artista. Mas não mudo nada do que escrevi acima. Só não garanto que farei as resenhas pra esse ano (sabe como é, a preguiça reina aqui).
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Tenha o poder de escolha.
Quando eu vejo essas frases "Queria voltar ao tempo em que minha única preocupação era ter que escolher a cor do lápis (ou o sabor do sorvete)", eu sinto uma certa indignação, sabe?! Porque, admito, eu às vezes também queria voltar ao tempo em que tinha pouca - ou até nenhuma - preocupação. Mas se eu pensar bem, era nessa mesma época que eu tinha pouco - quase nenhum - controle sobre a minha vida. Simples assim.
Se eu estou pondo em xeque o controle dos pais sobre os filhos? Absolutamente. Esse controle não é apenas necessário - é essencial. Se eu tivesse que, aos seis anos de idade, escolher entre comprar mais um brinquedo (caro) ou pagar a conta de luz, o resultado seria algo trágico - algo como ficar um mês tomando banho frio.
Então, crianças não tomam tantas decisões importantes porque não tem maturidade pra isso - certo. E por isso são mais felizes - depende. Quando criança, tenho certeza (porque eu já fui uma, ok?! E o pior é que eu me lembro muito bem dessa época...) que todo mundo já passou pela situação de se sentir contrariado com a decisão tomada pelos adultos - embora ela fosse a melhor decisão a ser tomada. E ficávamos pensando: "Quando eu for adulto, e puder FAZER O QUE EU QUISER, aí sim eu vou ser feliz".
Bem, somos adultos agora. Está fazendo TUDO O QUE VOCÊ QUER?! Não?! Nem eu. Se duvidar, ninguém faz. Nem os pais, que se sacrificaram muito por causa dos filhos - tenhamos plena consciência disso. Mas então a nossa vida é um lixo?! Claro que não! Nós temos sim liberdade de escolha garantida - contanto que arquemos com as consequências de nossos atos.
Essa é a parte que faltava pra nós, quando crianças. Porque qualquer criança não entende plenamente que relação tem X com Y (não pensem isso como matemática, ok?! Eu não pensei...). Ela simplesmente acha que tudo pode ser feito, sem que haja um retorno - positivo ou negativo, dependendo da situação.
E agora que você e eu somos adultos, já sabemos que temos que pensar antes de agir - ou pelo menos deveríamos saber (sei lá, tem gente que não pensa, né?! Mas isso é assunto pra outro dia...). E quando você pensa, age e dá certo?! Maravilha! E quando dá errado?! Droga! E quando se cansa de pensar mas não chega a uma solução?! Reclama de como gostaria de ter que apenas escolher a cor do lápis?! Sério que você quer voltar pra saia da sua mãe?! Vai abrir mão das suas escolhas e deixar que seus pais decidam tudo por você?!
Não sinta falta da época em que você não tinha tantas preocupações. Você ainda pode escolher o sabor do sorvete. E ter o prazer de pagar por ele com o seu próprio dinheiro. A decisão é sua.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Terapia Ocupacional: Quando me amei de verdade
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
2ª Fase da FUVEST - 3° Dia
Hoje foi dia de específicas, bebê. E também de muita chuva. O que me fez mudar totalmente minha vestimenta. De roupa passada pela mamãe pra roupa OLHA A MINHA CARA QUE EU VOU PASSAR ROUPA ESSA HORA DA MANHÃ. E a roupa que eu escolhi nem estava tão amassada - por "nem tão amassada" entenda-se uma blusa dobrada do avesso, outra blusa mais amassada que papel no lixo e uma calça que só por Deus... Mas tudo bem, a roupa entrou, a bota também, troca de bolsa - porque a de até então era muito floral e alegre para o tempo de hoje (além de ser clara, ia sujar toda).
Almoço na Lapa, comi no Mc Donalds - não me julguem, vocês já fizeram o mesmo. Eu não estava com fome nem com paciência pra pensar em algo pra comer, então Mc Fish era a opção mais óbvia.
Prova. Escola - check. Sala - check. Fiscal - check. E o fiscal se supera novamente. Me diverti muito com ele, vou sentir falta disso... Mas vamos a prova. E se ontem eu já estava deprimida com uma prova que eu não sabia nada (mas nem me importava tanto em saber também), imagine hoje como me senti sem saber nada - da prova específica?! E quando eu percebi que eu entendia mais as questões de geografia que as de história?! E minha paranoia de que todas as questões de história eram multidisciplinares?! E... Chega de "E" minha gente, virou mania?!
O que eu amo na minha área de interesse é que, diferente da área de exatas, que ou você sabe o que é ou nem tenta, na área de humanas você dá uma enrolada BOA... Pelo menos eu acho... O bom é que, se as minhas respostas não estiverem certas, pelo menos eu alegrarei um (ou mais) corretor(es). Porque eu mesma dava risada das coisas que eu escrevi numas questões...
Detalhe antes de entrar na sala: uma escola de cursos preparatórios (teria sido mais fácil escrever o nome, mas eu não estou ganhando pra fazer propaganda, so...) estava distribuindo um jornalzinho com a correção da prova - DE ONTEM! (Se você pensou que era a de hoje, meu amigo, tá pior que eu...) Como eles conseguiram resolver - e IMPRIMIR - a prova tão rápido?! Então, eu peguei um, dei uma olhada, e as quatro que eu fiz me pareceram a mesma coisa, só que com palavras melhores...
E é isso, minha gente. Além de ferrar com meu cérebro, essa segunda fase ferrou com meu relógio biológico, que está perdido em algum lugar entre quarta e quinta feira (ou seja, eu comi dois dias dessa semana), e ainda me matará da ansiedade que eu levei dois anos de terapia pra controlar....
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
2ª Fase da FUVEST - 2° Dia
Boa tarde pra você que acorda às segundas-feiras deprimido. Sim. Porque eu passei o dia inteiro me perguntando por que eu estava deprimida, sem obter uma resposta satisfatória, até chegar em casa e pensar: "Estou meio confusa, que dia da semana é hoje mesmo?!" Ah! Segunda-feira linda que me faz acordar lacrimejando (chorar pra mim é com o bocão aberto, o rosto em vermelho vivo e fazendo barulhos estranhos com a boca. O que eu fiz hoje de manhã foi lacrimejar apenas).
Mas isso não foi nada, e apesar da vontade de ficar na minha cama até o fim do mundo chegar (tipo, daqui alguns meses?!), eu sai da cama e fui pra Lapa almoçar - porque além de tudo minha mãe não estaria em casa, e eu não precisava de mais depressão tendo que cozinhar só pra mim. E a comida estava boa, tanto que eu comi demais e pensei que ia passar mal. Mesmo assim cobicei o sorvete do McDonalds que a tia ao meu lado tomava enquanto esperávamos o sinal abrir.
Mas e a prova Ana?! É mesmo! Chegando próximo ao local da prova, o que eu vejo passando?! Um VILA IARA! Um maldito VILA IARA que chega a demorar 2 malditas horas pra passar quando eu estou no ponto, mas quando eu vou fazer uma prova o raio me passa como se fosse Terminal Pirituba... Quase entrei - mas não.
Local da prova é o mesmo, sala a mesma, carteira a mesma e fiscal caipira o mesmo. Mas ele me vem com "Mesmo procedimento de ontem". Como assim?! E se eu não estivesse na sala ontem (o que eu fui fazer lá hoje, já estou automaticamente desclassificada)?! Fale "CelulaR no envelope paRdo" poR favoR!!! Mas não tem problema, pra aumentaR meu amoR poR ele, ele me vem com uma frase MUITO melhoR: "Uma nova orientação gente: depois que entregaR a prova, vocês não podem FREQUENTAR o banheiro." Tive que escrever em maiúscula, gente. Frequentar o banheiro?! FREQUENTAR?! Muito amor...
Mas vamos às questões. Lindas. Só que ao contrário. Quando ontem eu escrevi que ia entregar a prova em branco, não pensei que seria tão verdadeiro isso. Quando no final do caderno de provas você vê as questões de matemática e não as acha tão tenebrosas em comparação ao resto da prova, você percebe o quanto a prova estava tenebrosa. Aliás, teve uma questão de matemática, sobre progressão aritmética, que eu senti amor por ela, tanto que até tentei fazê-la. Mas nem todo o amor do mundo que eu senti foi o suficiente pra eu conseguir resolvê-la. Triste isso.
E quando você percebe que o pior não é você não saber NADA de química, mas você não conseguir IDENTIFICAR se a questão é de química? Assustador. E uma questão sobre a fotossíntese que era multidisciplinar (Bio/Qui), não se contentou em ser só sobre essas duas matérias e enfiaram um versinho do Caetano Veloso?! Se eu fosse Caetano Veloso, processava a FUVEST, por me fazer desgostar dele... Eu resolvi que Animais, Fósseis e Fungos liberam Gás Carbônico para as plantas e para a atmosfera, e fazem isso por meio de moléculas... moléculas... Ih! Esqueci a palavra...
O pior não foi a parte de exatas, que eu já tinha plena consciência de que não tinha consciência de nada mesmo... O problema são as específicas da minha carreira, que embora eu já tenha entendido muito bem como, quando, e onde elas se aplicam no que eu quero estudar, eu peço a Deus com todas as forças que elas não sejam assim tão necessárias no curso, porque olha...
História foi assim... Você faz uma interpretação bem pessoal do que foi o passado, escreve pra preencher todo espaço reservado a questão e reza pra pegar um corretor bem bonzinho - ou bem preguiçoso. Agora Geografia, Deus que me perdoe, mas quando eu acho que sei alguma coisa daquilo, descubro que não sei nada.
Tinha um mapa do Brasil, e se me perguntassem com que estados Santa Catarina faz divisa, eu saberia sem nem olhar. Em vez disso tínhamos umas manchas em algumas regiões, designadas como sertões (uma dessas ocupando parte de 10 dos 25 estados da região nordeste, no kidding!), cerrados e afins. Aliás, eu achei que alguns dos estados do nordeste estavam fora da ordem, mas quem sou eu pra dizer que o Rio Grande do Norte não fica onde eles disseram que fica, né?! Mas o que interessava no mapa era a "Zona do Cacau", localizada no litoral sul da Bahia. E o que eu estou esperando pra me mudar pra "Zona do cacau" (Zona do cacau = Chocolate, certo?!)?! Aí perguntava sobre uma série de livros que se passam nesse lugar, e o escritor deles. Escritor baiano = Jorge Amado. So sorry, sei que isso é muito pobre, mas foi a única coisa que me ocorreu. E outra coisa era sobre um sertão ou cerrado, não lembro ao certo, no norte de Minas Gerais, e sobre o romance mais famoso de um escritor mineiro. Escritor mineiro = Drummond. Mas Drummond não foi romancista, ele só escreveu crônicas e poemas (e eu faço muito mais pra escrever que o cara "SÓ" fez isso, né?!)...
A outra pergunta foi sobre o norte da África, e quando eu me sinto contente por identificar o local, eles me perguntam sobre a "Primavera Árabe". E não tinha a maldita linha do equador pra eu saber se ali era hemisfério sul ou norte. Eu desconfiava que era norte, mas até aí, eu já desconfiei de tanta coisa nessa vida... E se fosse, vejamos... Eu sou de março e nasci no outono, então a primavera do norte é de março a junho e aqui é de setembro a dezembro - tá certo isso?! Eu estou bem louca (e não sei contar direito) ou eles tem um mês a mais de primavera?! Mas obviamente, "Primavera Árabe" não tem nada a ver com isso.
As questões de Inglês. Quando a primeira questão em inglês é uma tirinha, uma das questões é pra você explicar a graça do último quadrinho e você não vê graça nenhuma, o quão enrascada você está?! É sério, eu entendi a tirinha, entendi todas as palavras do último quadrinho, mas eu não entendi a GRAÇA! Por que eles tem que me pedir pra explicar a graça?! Me pede pra traduzir, mas não me pede pra explicar a graça que eu NÃO vi na tirinha...
Eu fiquei pensando nisso uns 10 minutos na sala - o tempo necessário pra dar o horário mínimo pra sair da sala. Sim, eu terminei a prova antes do horário mínimo. Eu terminei as 4 questões que eu fiz antes de transcorridas as 2 horas mínimas. Ou seja, eu fiz as duas de inglês e as duas de história em 2 horas. Nem geografia (que é específica, lembra?!) eu consegui fazer.
Estamos confiantes pra amanhã, sim, claro, ou com certeza?!
domingo, 8 de janeiro de 2012
2ª Fase da FUVEST - 1° Dia
E aí que hoje foi o primeiro dia da segunda fase da FUVEST. E essa que vos escreve passou pra segunda fase. E como eu tenho plena certeza absoluta que não passarei dela, irei comentá-la, porque é o mais próximo que eu cheguei da USP (mentira que eu trabalho lá) - contando que é a primeira vez que eu presto vestibular (e se você se pergunta porque tanto pessimismo ou não acredita em mim, já reparou como eu uso "E" pra iniciar frases?!).
Começa pelo dia atípico em que eu passo a manhã inteira desenhando e pintando árvores (Why?! Idk...), minha mãe me deixa comer um lanche em vez de almoçar, e meu pai me leva até o local da prova - isso nem é tão atípico assim, que eu me lembre ele só não me levou na primeira fase da FU (vamos abreviá-la assim, ok?!) - de todas as provas que eu fiz sozinha.
Mas o sonho do meu pai é atípico. Ele sonhou que eu não passava na USP (até aí blz...) e ele me dava 2 mil reais pra fazer Letras sem ter que trabalhar. 2 MIL REAIS! Como assim?! Desde quando Letras é assim tão caro?! Mas obviamente era tudo um sonho, e eu tenho que continuar trabalhando, independente de passar na USP ou não, e de estudar em outra Facu ou não...
O local da prova - é lindo. Gente, o que é aquela Faculdade?! Não é o mesmo lugar da primeira fase, que foi uma UNIP (e eu com todo o meu preconceito e pedantismo direi que nem se a UNIP fosse revestida de ouro por dentro e por fora eu conseguiria achá-la bonita - é, eu sei...). E tem aquele monte de gente que foi fazer a prova, né?! Em sua grande maioria adolescentes que na minha atual fase eu acho mais irritantes que choro de criança birrenta (ainda bem que eu não tenho irmã/irmão mais nova/novo). Ah! Outra coisa atípica: eu não tinha olhado qual era a minha sala, o que me obrigou a disputar um espaço com os seres do mal para descobrir onde eu faria a prova. Como eu sou linda & esperta, isso não demorou nem um minuto, eu logo achei o meu nome (na primeira folha, lógico) e fui pra sala. Onde eu fui a primeira a chegar.
O fiscal era um caipira. Amei-o a primeira vista. A informação de praxe: "Depois que entrar, não pode mais sair, até que eu entregue as provas." Pensa no R em entraR e saiR?! Não era nem o começo. Ele falou umas trocentas vezes: "Coloquem o celulaR no envelope paRdo." A outra secretária não conseguiria fazer a prova, ficaria as quatro horas da prova rindo. Explico.
Ela diz que eu puxo o R igual ao povo do interior. Tudo pro causa do meu segundo nome, que é Carla, e ela jura que eu falo CaRla. Ela e mais dois professores. Ah! E o veRde também. Então é isso. Quem me conhece pessoalmente, confiRma?!
Voltando ao meu fiscal caipira, ele era muito mais caipira que isso, mas agora não consigo lembrar de mais caipirices. Quando lembrar, eu retomo o assunto.
Ganhamos um copo d'água e um bombom. O meu (bombom) veio defeituoso. Mas eu nem reclamei porque era Ouro Branco e eu não gosto...
Eu tentei me ajeitar decentemente na cadeira, e como eu odeio essas cadeiras/carteiras que não tem espaço pra nada. Não cabe nem uma maldita folha inteira na carteira!
A prova. Gente, ainda bem que a FUVEST não é ENEM e eles não liberam as pérolas dos alunos (uma dúvida: seriam as pérolas do ENEM realmente do ENEM?!), porque se liberassem, eu reconheceria algumas como sendo minhas.
A prova é super fácil. Se você se comprometer a nunca mais usar seu cérebro pra qualquer outra coisa depois de tentar entender o enunciado. Agora é sério, a prova parece tão fácil que você até fica com medo, mas quando você se pega pensando: "mas no imperativo tem 1ª do plural?!" vê que não precisa se apavorar, a prova é realmente impossível e você não vai conseguir.
Peguei (quase) todos os livros de literatura pra ler entre Dez/Jan. Não li nenhum. Mentira de novo, eu li algumas poesias do Vinícius, só pra ter certeza que minha praia é Drummond. O que era romântico era muito romântico, o que não era, eu não entendi. E se é pra não entender, eu prefiro não entender Drummond.
Caíram 4 questões sobre os livros. Nenhuma sobre Vinícius. Graças a Deus, né?! Assim quando eu constatar que errei essas, nem me sentirei tão mal...
E caiu um trecho de Monteiro Lobato, em que ele fala "episcopalmente". Gelei na hora. E se me pedissem pra explicar o que era, ou pra escrever outra frase usando a bendita?! Mas não pediram. E episcopal é relativo a bispo (acabei de ver no dicionário online). E episcopal será meu novo "peculato". E a única pessoa que talvez entendesse essa piada não deve ler meu blog. Que triste...
A redação foi sobre política. Me pede pra escrever sobre morte mas não sobre política. Mas pediram. E eu tive que fazer. Graças a Deus que está escrito em algum lugar, e o fiscal caipira também falou, que a folha de rascunho não é contada na correção (por que não podemos levá-la pra casa, então?! Nunca saberemos). Porque se fosse, eu tava na roça. Metade do que tá nela não foi pra folha definitiva. E metade da definitiva não tá nela. E o que está nas duas, tá fora de ordem.
Interessante que eu estava crente que eram 3 horas de prova. Mas eram 4. E eu só precisei de 2 pra fazer (daquele jeito, mas tudo bem) a prova. E as outras 2 pra fazer a redação (e eu ainda prefiro a prova à redação, porque olha...)
O importante é que eu saí de lá viva, diferentemente daquela pivetada toda na frente da Facu eu sabia como voltar pra casa sozinha (que orgulho!) e amanhã teremos 16 deliciosas questões sobre TUDO menos português - por que será, né?! Ou seja, amanhã é dia de chorar em cima da prova e entregá-la em branco, só assinada - porque a gente perde a vaga, mas não a dignidade.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Roda-Roda
feito carrossel
roda-gigante.
Feito Terra que
roda em si mesma
e ao redor do Sol.
Roda feito
saia de moça
pião de menino.
Roda tudo
Roda tanto
E me deixa tonta.
Hoje
Embora saiba que não é o que eu preciso
Embora saiba que é o que eu não devo
Mas hoje, era tudo que eu pediria
A dor da perda - aos poucos
Toda dor, por pior que seja, passa. Talvez por isso que a gente peça que ela passe logo. Pode ser a maior dor - dor mais doída - contanto que seja rápida, e vá embora. Dor pequena, mas que perdura, é sofrimento demais. Dor que não passa, que fica, pode até ser dor boba, mas acaba com a gente. Talvez por isso que a gente chore mais a perda brusca - mas sinta mais a perda esperada.
Se você tem algo e perde, do nada, você fica triste. Fica chateado. Nervoso. Fica o que tiver que ficar. Faz o que tem que fazer. E passa. Se você sabe que vai perder algo, você já o perdeu, no momento que soube. O restante do tempo que tem com aquilo não é completo, é falho. Você pensa como será sua vida sem, se você pode fazer algo pra continuar com, porque você tem que perdê-lo, deixá-lo. E uma hora ele se vai. Aí você pensa se poderia ter sido diferente, como era a vida antes de, como será depois... Nunca passa.
E por que algo, e não alguém? Porque as pessoas, de fato, nunca nos pertencem. Nunca as possuímos. Mas temos a ilusão de que quem amamos sejam nossos, na verdade. E aí a dor da perda é a mesma.
Morte repentina? Muito choro, muita tristeza, muita dor. Mas passa. Tudo na vida passa, inclusive a morte. Mas a morte esperada, essa não dói, castiga. Castiga que morre aos poucos, castiga quem morre junto, mesmo que só um pouco. Mesmo que pela metade. E você tenta fazer diferente, e se preparar pra perda, mas nada adianta. Talvez chore pouco. Mas sente muito, muito mais.
O rompimento inesperado? Lágrimas, muitas lágrimas. E raiva, e mágoa, e gritos (por que não?), o pacote completo. Mas acaba. Tudo acaba. O bom e o ruim. A vida segue. O laço que se desmancha lentamente. É uma agonia. Quando o outro está lá, mas ao mesmo tempo não está. Quando seu amigo de infância se torna um desconhecido. Tudo isso na nossa frente, a nossa vista. E não há nada a ser feito. A aliança que já não representa nada. A partilha dos bens, quando você percebe que ele te ensinou a ouvir aquele artista, e ao mesmo tempo, como você pode suportar aquele outro por tanto tempo? Está tudo lá, mas ao mesmo tempo não é mais nada. E quando acaba, mesmo assim sobram pedaços. Um papel que falta assinar, uma caixa que ele esqueceu...
O repentino parece pior. Mas o que vem rápido, vai rápido. Dura é a dor que se arrasta...
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Entrevista Matt & Nick + Little Illusion Machine (With Miles Kane) - Arctic Monkeys.
Considerações sobre o vídeo:
- As "gringas" falam do novo cabelo do Alex, mas o do Matt me irrita muito mais, sério mesmo;
- Que voz é essa Nick?! Voz de macho! Rouba o lugar do Alex nos vocais! (Brincadeira, não rouba não);
- A gente sabe que "Hellcat..." e qualquer maluquice vem da cabeça do Alex;
- Pelo menos eles são mais desenvoltos nas entrevistas... Tenta ver uma dessas com Alex e Jamie;
- Andar de bicicleta é um talento, Matt?! (Só porque eu não sei?!). Agora, fazer torta realmente é algo incomum (só não entendi do que é a torta...)
http://youtu.be/J-l_HVKpxTg
- Miles Kane é muito superestimado, na minha opinião;
- Calça branca agarrada também é algo superestimado;
- Miles Kane + Calça branca agarrada = Oo Por que ainda estou vendo esse vídeo?! - Porque é uma música dos meus Monkeys;
- Ele acha que dança e que se movimenta no palco, né?! Só acha...
- Aí o Alex embarca nas palhaçadas dele... A perdição do Alex foi esse Miles, não foi nada de Alexa não;
- UAU Que Grito! Só que não.
domingo, 1 de janeiro de 2012
Comentando o Filme: Os Infiltrados - Ou "como perder a paciência na virada do ano"
Daí que na virada do ano eu resolvi assistir a um filminho, porque eu não tinha nada melhor pra fazer. E como eu já havia assistido a "A Origem" no natal (programão - de índio - rende um post) resolvi assistir a "Os Infiltrados". Por quê? Porque eu tinha visto umas cenas passando na Warner, mas assistir a filme na Warner deveria ser prova resistência no Big Brother, porque né? Dá pra ver 2 filmes ao mesmo tempo - o que está passando e um outro durante os intervalos gigantescos (a cada 5 minutos de filme).
Conseguir o filme renderia outro post, mas como eu sou muito prática e sucinta (só que ao contrário) vou explicar aqui mesmo: eu baixei o filme e um programa pra converter o formato baixado pra um compatível ao que o DVD lê, só pra uma amiga me dizer que tinha o filme em casa. É.
Então eu me programei lindamente pra começar o filme às 23h e terminá-lo às 01h30 (isso mesmo, 2 HORAS e 30 MINUTOS de filme). Acabou que terminou às 01h40 porque tinha trailers, eu parei o filme 1 vez pra ir ao banheiro e 2 vezes pra explicar o filme pra minha mãe - que foi dormir na metade dele (e foi o melhor que ela fez).
Eu detestei o filme. É horrível. Eu o detestei tanto que vou contar tudo (só que de forma resumida - ou não) que acontece pra estragar o interesse de qualquer um.
Começando pelo elenco, tínhamos 'cast' suficiente não pra 1, mas pra 2 filmes de ação. Vejamos: Jack Nicholson, Alec Baldwin, Mark Wahlberg, Matt Damon, Leonardo DiCaprio e Martin Sheen (que Deus me perdoe, mas eu achava que era o Kirk Douglas - sério). Eu posso estar esquecendo alguém menos importante. E o elenco feminino resume-se a Vera Farmiga, que eu só sei o nome por que ela fez aquele filme com o George Clooney que agora eu não lembro nome, mas é sobre aviões.
Aproveito esse espaço pra dizer que sempre confundi o Mark com o Matt, mas esse filme me ajudou bastante a diferenciá-los, com Matt sendo um bundão e Mark sendo bem louco (e eu que achava que era o contrário).
Mas vamos ao filme. A história é basicamente um tira infiltrado na máfia e um bandido infiltrado na polícia. Ou seja, vai dar merda.
Leo é o tira infiltrado na máfia, ele é um nada que ninguém leva sério - nem ele mesmo. Já Matt é o bandido infiltrado na polícia, ele é o bonzão (apesar de bundão) e todos o amam. Jack é o chefe da máfia e os outros famosos são todos tiras - o que não quer dizer nada. A mina é uma psicóloga que tanto Leo quanto Matt pegam simultaneamente, sem saber - Leo, além de tudo, é 'lóki' e toma remédio pra dormir, não aguenta mais a pressão de fingir ser bandido e fica "pedindo pra sair" toda hora, mas ninguém deixa. Obviamente os infiltrados não sabem quem é quem.
Leo levanta uma questão interessante durante o filme: Se o Jack já tem uma ficha mais extensa que as dos meus vizinhos, porque ninguém prende o sujeito logo de uma vez? Nunca saberemos.
O filme continua e depois de mais de 1 hora de filme o Martin Sheen é morto. Do nada. Quando isso aconteceu eu já percebi que ia dar merda, porque se o sujeito que é muito bom morre de graça no meio de filme, porque os outros, que são mais-ou-menos bons (ou maus mesmo) teriam um fim melhor? Mas eu mantive a fé (em vão) e prossegui.
Descobrimos que tinha (morreu também) mais um tira infiltrado na máfia - e que diferença faz isso?
Aí, do nada, o Matt resolve matar os bandidos (menos ele mesmo, né?), e vai lá e mata o Jack. O Jack. O "eu fui um pai pra você" Jack. What?! Simples assim. Ele também descobre que Leo era o infiltrado, e vice-versa (deu pra entender?). Leo manda uma gravação incriminadora pra Matt, mas quem ouve é a psicóloga que fica p* com o Matt (eu já estava p* com o Matt há muito tempo - tipo, desde o começo do filme). Leo pega Matt e tenta fugir com ele, pois a polícia ainda não sabe que Matt é bandido (ui!). Um tira atira no Leo, atira em outro tira e se revela como também mafioso infiltrado na polícia. E o Matt faz o que? O quê? MATA O CARA. Porque não aceita concorrência, deve ser.
Muito confuso até aqui? Podemos continuar?
Matt inventa uma história e o povo cai. Leo é enterrado, a psicóloga está grávida (não sabemos de quem) e Mark surge das profundezas do além para vingar Martin (e Leo) e mata o Matt.
FIM
Mark ganhou meu coração porque fez o único papel decente e digno (sendo indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por ele), e roubou a cena, apesar de aparecer em apenas um quarto do filme. Cada frase dele tinha umas 20 palavras, em que 75% eram palavrões e o restante era o que ele realmente queria dizer (como "me dá um copo d'água"). Se isso não for o suficiente, ele matou o Matt e foi o único ator conhecido que sobreviveu, descontando a psicóloga grávida, que na verdade nem conhecida é. (Tá, eu sei que o Alec Baldwin também não morreu, mas ele MERECIA ter morrido de tão bundão feito o Matt que ele foi no filme).
Eu até gostava do Martin Sheen (apesar de pensar que fosse o Kirk Douglas), mas aí ele morreu e eu deixei de gostar.
Jack só estava fazendo papel de Jack Nicholson, assim como Al Pacino sempre interpreta Al Pacino e Robert De Niro é Robert De Niro em todos os filmes que faz. O que pode ser dito como Jack só fez uma versão mais light/soft de "O Iluminado" misturado com o Coringa.
Matt tinha um ótimo papel de vilão nas mãos, mas resolveu torná-lo "mais humano" e só consegui transformá-lo num tremendo de um bundão.
Alec já tinha o papel de bundão mesmo, só fez (perfeitamente, diga-se de passagem) o seu trabalho.
E o Leo... é um problema. Depois que assisti a "A Origem" eu passei a gostar dele. Pode ser só uma fase (de desespero sem namorado) + período hormonal, só sei que ele me convenceu como 'lóki' sem amor próprio.
Me recuso a comentar a atuação da Vera.
E depois disso eu cheguei a conclusão que eu deveria ter assistido ao DVD do Show do Coldplay que achei na gaveta do meu Guarda-Roupa - ou não.