domingo, 8 de janeiro de 2012

2ª Fase da FUVEST - 1° Dia

E aí que hoje foi o primeiro dia da segunda fase da FUVEST. E essa que vos escreve passou pra segunda fase. E como eu tenho plena certeza absoluta que não passarei dela, irei comentá-la, porque é o mais próximo que eu cheguei da USP (mentira que eu trabalho lá) - contando que é a primeira vez que eu presto vestibular (e se você se pergunta porque tanto pessimismo ou não acredita em mim, já reparou como eu uso "E" pra iniciar frases?!).


Começa pelo dia atípico em que eu passo a manhã inteira desenhando e pintando árvores (Why?! Idk...), minha mãe me deixa comer um lanche em vez de almoçar, e meu pai me leva até o local da prova - isso nem é tão atípico assim, que eu me lembre ele só não me levou na primeira fase da FU (vamos abreviá-la assim, ok?!) - de todas as provas que eu fiz sozinha.


Mas o sonho do meu pai é atípico. Ele sonhou que eu não passava na USP (até aí blz...) e ele me dava 2 mil reais pra fazer Letras sem ter que trabalhar. 2 MIL REAIS! Como assim?! Desde quando Letras é assim tão caro?! Mas obviamente era tudo um sonho, e eu tenho que continuar trabalhando, independente de passar na USP ou não, e de estudar em outra Facu ou não...


O local da prova - é lindo. Gente, o que é aquela Faculdade?! Não é o mesmo lugar da primeira fase, que foi uma UNIP (e eu com todo o meu preconceito e pedantismo direi que nem se a UNIP fosse revestida de ouro por dentro e por fora eu conseguiria achá-la bonita - é, eu sei...). E tem aquele monte de gente que foi fazer a prova, né?! Em sua grande maioria adolescentes que na minha atual fase eu acho mais irritantes que choro de criança birrenta (ainda bem que eu não tenho irmã/irmão mais nova/novo). Ah! Outra coisa atípica: eu não tinha olhado qual era a minha sala, o que me obrigou a disputar um espaço com os seres do mal para descobrir onde eu faria a prova. Como eu sou linda & esperta, isso não demorou nem um minuto, eu logo achei o meu nome (na primeira folha, lógico) e fui pra sala. Onde eu fui a primeira a chegar.


O fiscal era um caipira. Amei-o a primeira vista. A informação de praxe: "Depois que entrar, não pode mais sair, até que eu entregue as provas." Pensa no R em entraR e saiR?! Não era nem o começo. Ele falou umas trocentas vezes: "Coloquem o celulaR no envelope paRdo." A outra secretária não conseguiria fazer a prova, ficaria as quatro horas da prova rindo. Explico.




Ela diz que eu puxo o R igual ao povo do interior. Tudo pro causa do meu segundo nome, que é Carla, e ela jura que eu falo CaRla. Ela e mais dois professores. Ah! E o veRde também. Então é isso. Quem me conhece pessoalmente, confiRma?!



Voltando ao meu fiscal caipira, ele era muito mais caipira que isso, mas agora não consigo lembrar de mais caipirices. Quando lembrar, eu retomo o assunto.


Ganhamos um copo d'água e um bombom. O meu (bombom) veio defeituoso. Mas eu nem reclamei porque era Ouro Branco e eu não gosto...


Eu tentei me ajeitar decentemente na cadeira, e como eu odeio essas cadeiras/carteiras que não tem espaço pra nada. Não cabe nem uma maldita folha inteira na carteira!


A prova. Gente, ainda bem que a FUVEST não é ENEM e eles não liberam as pérolas dos alunos (uma dúvida: seriam as pérolas do ENEM realmente do ENEM?!), porque se liberassem, eu reconheceria algumas como sendo minhas.


A prova é super fácil. Se você se comprometer a nunca mais usar seu cérebro pra qualquer outra coisa depois de tentar entender o enunciado. Agora é sério, a prova parece tão fácil que você até fica com medo, mas quando você se pega pensando: "mas no imperativo tem 1ª do plural?!" vê que não precisa se apavorar, a prova é realmente impossível e você não vai conseguir.


Peguei (quase) todos os livros de literatura pra ler entre Dez/Jan. Não li nenhum. Mentira de novo, eu li algumas poesias do Vinícius, só pra ter certeza que minha praia é Drummond. O que era romântico era muito romântico, o que não era, eu não entendi. E se é pra não entender, eu prefiro não entender Drummond.


Caíram 4 questões sobre os livros. Nenhuma sobre Vinícius. Graças a Deus, né?! Assim quando eu constatar que errei essas, nem me sentirei tão mal...


E caiu um trecho de Monteiro Lobato, em que ele fala "episcopalmente". Gelei na hora. E se me pedissem pra explicar o que era, ou pra escrever outra frase usando a bendita?! Mas não pediram. E episcopal é relativo a bispo (acabei de ver no dicionário online). E episcopal será meu novo "peculato". E a única pessoa que talvez entendesse essa piada não deve ler meu blog. Que triste...


A redação foi sobre política. Me pede pra escrever sobre morte mas não sobre política. Mas pediram. E eu tive que fazer. Graças a Deus que está escrito em algum lugar, e o fiscal caipira também falou, que a folha de rascunho não é contada na correção (por que não podemos levá-la pra casa, então?! Nunca saberemos). Porque se fosse, eu tava na roça. Metade do que tá nela não foi pra folha definitiva. E metade da definitiva não tá nela. E o que está nas duas, tá fora de ordem.


Interessante que eu estava crente que eram 3 horas de prova. Mas eram 4. E eu só precisei de 2 pra fazer (daquele jeito, mas tudo bem) a prova. E as outras 2 pra fazer a redação (e eu ainda prefiro a prova à redação, porque olha...)


O importante é que eu saí de lá viva, diferentemente daquela pivetada toda na frente da Facu eu sabia como voltar pra casa sozinha (que orgulho!) e amanhã teremos 16 deliciosas questões sobre TUDO menos português - por que será, né?! Ou seja, amanhã é dia de chorar em cima da prova e entregá-la em branco, só assinada - porque a gente perde a vaga, mas não a dignidade.

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