segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Melancolia

Melancolia
Vá embora agora
Volte em outra hora
Ou não volte mais

Me rouba a alegria
Tristeza em mim aflora
Meu coração devora
E não me deixa em paz

Amor...

Amor
O que você quer de mim?!
Por que me trata assim?!
O que foi eu te fiz?!
O que eu não quis?!

Amor
Qual é o seu problema?!
Qual é o seu dilema?!
O que te tira o sono, a fome?!
O que não saiu conforme?!

Amor
Me diga o que se passa
Me fale das desgraças
Porque eu não quero te ver sofrer
Não, eu não quero mais ver

Legal. -N

Toda vez que você inventa moda
Até tenta ser legal, mas incomoda

Sem graça as suas piadas prontas
Sem noção essas suas frases feitas

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Alteração da Semana

Fim-de-semana de quatro dias:
Começa na sexta,
Termina na segunda.


Mas peraí!!!
Então odiaríamos a terça,
E ansiaríamos pela quinta?!


E a quarta continua no meio da semana...

Choro

Queria que apenas uma vez
Você chorasse por mim
Porque ficar chorando por você
Já não tem mais graça

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sonhos

Sonhos,
Por que contá-los?!
Mas se não contá-los,
Como lembrá-los?!
...
Mas por que lembrá-los?!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Only Happy When It Rains







Renan me perguntou a primeira música que viesse a mente. Respondi Hold It Against Me, a nova da princesinha do Pop, Britney Spears. Porque tinha sido a última que eu tinha ouvido, e também porque eu acordei hoje muito agitada, mas muito agitada mesmo.

Eu não sou agitada. Não mesmo. eu sou estressada e pavio curto, que são coisas muito diferentes de agitação. Normalmente eu prefiro ficar em casa a sair. Mas hoje não. Hoje estava com um pique tão grande que a minha vontade era ficar o dia inteiro andando. Estava fortemente determinada a sair por aí depois do expediente. Estava.

Em Sampa é assim, você não sabe o tempo que vai fazer. E hoje começou um dia bonito, nem o sol que mata, nem a chuva que alaga, nem o frio que intimida. Tempo bom, alegre, feito eu. Mas veio a tarde e trouxe com ela a . . . chuva! Linda chuva que que junto com ela levou todo o meu ânimo de sair. Choveu tanto, mas tanto, que mesmo sem sair, hoje eu não vou chegar cedo em casa. Trânsito. Essa coisa maravilhosa que só tem em SP (Ok! Tem em outros lugares também, mas eu quero acreditar que só existe isso aqui).

Mas eu tenho meu mp3 comigo, que vai me fazer companhia nas intermináveis horas dentro de um ônibus no meio do nada (mentira, no meio da Panamericana mesmo). E nele, uma das minha músicas favoritas - e em duas interpretações diferentes! "I'm only happy when it rains..."





Terapia Ocupacional: Seu corpo fala.

Terapia Ocupacional: Seu corpo fala.: "E você, consegue entender? Muitas vezes não nos damos conta das emoções que estão envolvidas nos nossos sintomas físicos, mas nossas emoções..."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Recicle (suas ideias)

5 Posts no outro blog! 5 Posts!!! Eles estavam lá, perdidos entre tantos rascunhos, ideias que eu queria desenvolver, desabafos, 'insights', essas coisas todas.
Alguns estavam prontinhos, foi só formatar. Outros, nem tanto. Põe daqui, tira dali, lê, relê, dá uma última olhadinha, muda... Mas a essência estava lá, só faltavam os últimos retoques.
Reciclar ideias... 
Atualmente, tanto tem se falado em consumo consciente e reciclagem - material. A reciclagem de ideias também é uma boa pedida. Aquele versinho da infância, a dissertação nota 10 (ou 9, ou até 8 e meio, por que não?!), aquela piada que, se não foi você que inventou, foi quem a tornou conhecida, pelo menos.
Recicle suas ideias. Não as jogue fora sem antes dar uma boa (mas boa mesmo) olhada nelas, e ver se não servem pra nada. Não saia por aí 'comprando' novas ideias, só porque acha que as suas estão velhas, ou fora-de-moda. Aliás, não existe mais nada que seja ultrapassado. Suas ideias serão 'vintage'.

On But Off

Perdi alguma coisa nesse meio tempo.
Toda essa interatividade social... 
Toda essa amizade virtual...
Perdi meu tempo. 

Neverland

They say we are just kids,
But there's no adult in Neverland

Presente/Presente

Queria que o presente
Fosse mais presente
E menos obrigação.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Feeling

O que a mente pensa
Mas a boca não fala
O coração sente
Mas a razão cala

No Regret

E eu quero que você saiba
Que te amar não foi nenhum erro
Se eu tropecei em algum momento
Mesmo assim não me arrependo

Desculpas

Me desculpe se te desapontei.
Se foi grande ou pequena a decepção, tanto faz.
Me desculpe.
Me perdoe se entre tantas coisas que eu fiz bem,
ou pelo menos tentei fazer o melhor,
me perdoe se entre elas,
eu porventura errei.

Sonhei Com Você (Parte II)

- E aí?!
- E aí o que?!
- Continua contando o sonho...
- Ah é! Então, você tava grávida, com aquele vestido branco...
- E?!
- Só isso.
- Para Pedro!!! Você disse que não tinha terminado! E você tinha terminado!
- Eu sei, é que eu queria conversar com você sobre isso...
- Sobre o sonho?!
- Também. Sobre você, de barrigão...
- Eu grávida.
- É.
- Hum...
- Que foi?!
- Espera eu terminar a faculdade?!
- Sério?!
- Sério.
- Mesmo?!
- Mesmo. Pedro, isso são horas de...
- Ok. Pode terminar a faculdade, então.
- Sério?!
- Sério. Ué, não foi você que disse que não são horas de se discutir o assunto?!
- É.
- Pois então. Discussão encerrada. Boa noite amor.
...
- Pedro...
- Sonhou comigo?!
- Não.
- Fala...
- E a Pós...?!
- Oi?!
- A Pós também.
- Ah não Cris, Pós não...
- Deixa, vai...
- Pós pra que?!
- É importante...
- Pra que?!
- Pra mim. Porque eu quero.
- Durante a Pós, então.
- Você tá maluco?! Ter filho no meio da Pós, entre pesquisa, relatório...
- Não, no final da Pós. Já pensou você apresentando a defesa do mestrado de barrigão...
- Você tá maluco, Pedro?!?! Já pensou a pressão que o nosso filho vai sofrer?! E eu?! Além de tudo da Pós, ainda ter que cuidar de uma gestação?! Eu nem me alimento direito quando estou sob pressão...
- Muito bonito, hein dona Cristina...
- Cala a boca.
- Mau-humor matutino?!
- Seria, se já fosse manhã...
- Ok.
- Sério Pedro. Não dá pra ter filho durante a Pós. É pedir demais da criança.
- O drama que você tá fazendo dessa Pós, é pedir muito de mim também.
- ...
- Ok. Desculpa.
- ...
- Desculpa, eu errei. Eu assumo toda a culpa.
- E então...
- Sem Pós e com bebê...
- Pedro!!!!!
- Minha última oferta...
- Amanhã a gente conversa melhor sobre isso.
- Ok.
...
- Cris...
- Que é!!!
- Hoje já é amanhã, ou é o amanhã depois de hoje?!
- Boa noite Pedro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sonhei Com Você (Parte I)

- Ei, psiu!
- Que é?!
- Tava sonhando com você...
- É mesmo?! Que lindo... Agora volta a sonhar...
- Não, peraí! Deixa eu te contar o sonho...
- Não dá pra esperar pra amanhã?!
- Não. Você tava tão linda, com aquele vestido branco que usou no casamento civil...
- hum...
- ... e aquele barrigão...
- Peraí! Que barrigão?!
- De grávida, ué...
- Mas eu não tava grávida no casamento... Pedro, eu não tava grávida no nosso casamento!
- Calma Cris, calma, calma... Foi um sonho, só um sonho. No meu sonho, você tava grávida e usando aquele vestido branco...
- Mas Pedro, eu não caberia naquele vestido se estivesse grávida...
- Sim, mas...
- E eu nuca o usaria grávida, ia me apertar...
- Era começo de gravidez, quase não dava pra perceber.
- Então mais ninguém sabia da gravidez, só eu e você?!
- Isso!
- Mesmo assim não usaria, ele aperta demais.
- Ok. Outro vestido branco, parecido com aquele.
- Aí tudo bem.
- Então, você tava grávida...
- Igual ao da Natalie Portman...
- Oi?!
- O vestido igual ao da Natalie Portman. Sabe, aquela atriz...
- Sim sim, lembrei. Pode ser, o vestido igual ao dela. Como eu dizia...
- Você sabe de que vestido eu tô falando, né?!
- Claro que sei.
- Qual?!
- O que ela usou naquela premiação...
- Qual?!
- Não foi no Oscar...
- O Oscar ainda nem passou.
- Por isso mesmo...
- Foi no SAG.
- Isso mesmo!
- Então tá bom, pensamos no mesmo...
- Sim...
- Porque o do Globo de Ouro, meu Deus! Muito feio...
- Posso continuar meu sonho?!
- Tem mais?!
- Tem.
- Pode, então...

Continua...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tão Bonita Que Até Dói.




"Essa música é tão bonita que até dói".
Eu não sou um expert em música. E sei que ela muito menos. Mas aquilo que ela disse, sobre aquela música, era a mais pura verdade. E nenhum crítico musical, ou qualquer coisa que o valha, conseguiria descrever melhor aquela música. "Tão bonita que até dói".
E talvez seja por isso que toda vez que eu a ouço, eu sinto uma dor no peito, como uma fisgada, aquela dor forte e rápida, que nos pega de surpresa, e vem numa intensidade que parece que vai nos matar de dor. Mas logo ela vai embora, e é ainda pior, porque é como se ela fizesse falta.
Não sei se dói tanto assim só pela música, ou se é porque toda vez que eu a ouço, eu lembro dela, daquela menina que resumiu numa frase o que eu não saberia dizer nem se escrevesse um livro sobre a música. Eu lembro dela, e a lembrança também dói, pois é tudo que tenho dela. E é tão forte que parece até que eu não vou sobreviver. Mas eu sempre sobrevivo, e me pergunto se é tão melhor assim ter vivido mais um dia sem ela.
Mesmo que doa tanto assim, eu sempre ouço essa música, pra me lembrar. Já dormi ao som dela, com o modo 'repeat' ativado, para que ela não parasse de tocar... E já acordei com ela, claro que pelo fato de não ter desligado o player, e na verdade ter passado a noite na companhia dela - a música.
E nos meus sonhos, sou eu que digo essa frase. "É tão bonita que até dói". Eu que digo a ela. Mas eu não me refiro a música. Eu falo isso para a menina, e sobre ela. "Você é tão bonita que até dói".
Eu não sou um entendido de mulheres. Mas mesmo assim não há frase que melhor a defina. Essa que eu nunca tive coragem de chamar de mulher, essa que pra mim será sempre uma menina, com seu cabelo desgrenhado e sua falta de maquilagem. Ela era sim tão bonita que até doía. E ninguém conseguiria descrevê-la melhor.


Eu ...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...


Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...


Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...


Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

 
Florbela Espanca

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar! 

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa


O Captain! My Captain!

O Captain! my Captain! our fearful trip is done;
The ship has weathered every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:

But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead. 

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;
For you bouquets and ribboned wreaths—for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;

Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You’ve fallen cold and dead. 

My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchored safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;

Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.



Walt Whitman


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mala Vazia

Respiro fundo
E me jogo
No abismo vazio
E escuro
Mergulho em mim

Sem medo dele - do medo
Ou de mim
Do que será
Do por vir
Sem medo do eco
Ou do reflexo

Sem volta
Sem rumo
Certo ou errado
Perdida
Entre tantos achados
Sozinha
Na Multidão

Passado?!
Futuro?!
Nada
Ou tudo.

Sem bagagens presas
A mala vazia
Cada nova descoberta
Uma experiência

Sem julgamentos
Apressados
Sem perguntas
Sem critérios
Sem regras

Me perdi de mim
Me encontrei outra
Difícil?! Fácil?!
Novo
Difícil é ser quem não se quer ser
Não ter coragem de viver

Área VIP



A frase definitiva sobre o tema foi proferida ainda na década de 1960 por ninguém menos que John Lennon: “...e vocês, que estão aí no balcão nobre, podem aplaudir balançando as pulseiras e os brilhantes”. Ou algo assim. Os Beatles se apresentavam num teatro na Inglaterra e alguns membros da nobreza assistiam ao show de um balcão especial (uma área VIP embrionária). Lennon, o cáustico, não deixou barato.


Áreas especiais destinadas aos nobres e aos ricos são mais antigas que andar para a frente. Em concertos musicais do século 18, quando a música era patrocinada por nobres, reis ou mecenas, nada mais natural do que privilegiar aqueles que pagavam por aquilo tudo. Aliás, só endinheirados assistiam aos concertos de música clássica naquele tempo (naquele tempo?). A ralé se contentava com menestréis e saltimbancos e não se preocupava com questões como “áreas VIPs”. Tudo bem, eles também não se preocupavam com “mudanças climáticas” ou “superbactérias”.


O problema é que a música pop - e respectivas infinitas ramificações – é fruto da cultura moderna, uma música popular, produzida em escala industrial para consumo das massas (como, de certa forma, as mudanças climáticas e as superbactérias). O rock, então, nem se fale: nasceu das profundezas do proletariado norte-americano – há quem garanta que nasceu ainda antes, da sujeira dos porões dos navios negreiros –, transgressor, inventado por um chofer de caminhão caipira, que ostentava um topete brilhante e requebrava como uma mulata de escola de samba.


Então, é no mínimo um contrassenso – mais, um paradoxo – que existam áreas VIPs em shows de rock (ou de samba, de MPB, de jazz ou qualquer outro gênero musical nascido do sangue, suor, lágrimas e picardia dos escravos), já que esses gêneros são por definição populares e não elitistas. No caso específico do rock, o paradoxo chega ao limite do patético, o patetoxo (desculpem o neologismo, me baixou um Guimarães Rosa rápido): como uma música de contestação, transgressão e rebeldia pode privilegiar gente que “se acha” importante?©


Sim, os senhores de engenho (e seus filhinhos playboys e suas esposas madames e filhotas patriciolas) sempre garantiram os melhores assentos nos batuques do Senzala Hall... Comecemos por analisar o ridículo dessa expressão “VIP”. O que cazzo vem a ser “VIP”? As iniciais de Very Important Person. Pessoa Muito Importante, caso você não esteja familiarizado com o idioma inglês (eu entendo, as aulas de mandarim estão confundindo a cabeça de muita gente...).


Very Important Person. Meu deus, alguém gostaria de ser definido assim?


“Quem é você?”
“Uma Very Important Person. E você?”
“Ponha-se daqui pra fora. Já!”


Bom, pelo menos é o que eu gostaria de dizer para alguém que se apresentasse dessa maneira.
É verdade que, na minha experiência como músico (guitarrista dos Titãs há exatos 28 anos e meio), nunca consegui botar nenhum VIP pra fora nem proferir desaforos a nenhum deles diretamente. Pelo contrário, acabo por trocar sorrisos e até ofereço palhetas aos mais simpáticos. O “profissionalismo” nos obriga a aceitar certas práticas (dizia o carrasco com o chicote na mão...). Mas que a distância da plateia de verdade – aquela que pagou o ingresso pra te ver e vibra sinceramente com a tua presença –, atrapalha bastante a fruição do show, isso atrapalha. Para os músicos e para os fãs.


Nota rápida para reflexão: em shows em feiras agropecuárias, os VIPs dividem espaço com bois e vacas, já que é praxe nesses eventos montar o palco sobre os currais. Hum...


Sim, mas, por outro lado, também sou VIP. E Formador de Opinião. E Celebridade (agora, você não precisa me xingar de mais nada). E confesso, do alto de minha patetoxal experiência, que estar entre os VIPs também é um saco. Fotógrafos te perseguindo. Gente escutando o que você diz em voz baixa para publicar depois em colunas de fofoca. Naquelas áreas VIPs em que há comes e bebes, gente disputando a tapa uma taça de champanhe, um salgadinho, uma carreira de cocaína. Chatonildos de plantão te alugando enquanto The Edge executa um solo magistral.


Como diria Groucho Marx, “eu nunca faria parte de um clube que me aceitasse como sócio”.


Minha conclusão, depois de tudo: já que abolimos a escravidão, o que foi bem mais complicado, que tal abolir de vez essa palhaçada chamada área VIP, hein?


Never mind the bollocks! ©




Publicado na Revista Cultura de Fevereiro de 2011 (Edição nº 43)


http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc43/index.asp


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dor-de-cabeça

A cabeça pede
O corpo grita
Não consigo pensar

Dor que impede
Dor que irrita
Não consigo respirar

Com meu cérebro compete
Minhas atividades limita
Alguém pode, por favor, me salvar?!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Terapia Ocupacional: Gentileza gera felicidade!

Terapia Ocupacional: Gentileza gera felicidade!: "A ciência comprovou o que já se sabia na prática: ser gentil faz bem! A pesquisa da professora Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia..."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Diferente?!

Eu sinto que poderia
ter sido diferente
Mas mesmo assim teria
sido mesmo a gente?!

Excesso

Não dá uma confusão na mente
Uma confusão iminente
Excesso de informação?!

Diferente de conhecimento
Ou mesmo de entendimento
Ou até de opinião?!

Excesso de palavras ditas
Excesso de respostas escritas
Mas parecendo (quase) tudo em vão?!

Todo mundo criticando, reclamando
Às vezes até demais falando,
Mas sem chegar a uma solução?!

MP4 FROM HELL!

Pessoas, eu desisto. Não era pra eu ter nascido nessa época. Era pra eu ter nascido em algum ano entre as décadas de 60 e 70, pra ser adolescente quando bandas como Clash e Cure começaram, e ter idade suficiente pra ir ao 1º Rock In Rio. E principalmente, pra eu não ter problemas com um Mp4 from hell.


Toda vez que eu conecto a "graça" do brinquedinho no pc de casa, ele de alguma forma me ferra. Às vezes ele trava. Ele nunca respeita minha divisão de pastas e faz a própria. E de uns tempos pra cá, ele apaga as músicas já salvas. Isso mesmo. As músicas estão lá, bonitinhas, quietinhas, e ele vai e apaga. Simples assim.


Agora, pensa numa pessoa que dez horas da noite descobre que, em vez de simplesmente carregar o bichinho virtual (já que não dá pra carregar na tomada), o raio está também apagando 10 Gb de músicas. WHAT?! 1º: Pra que uma pessoa vai querer 10 Gb de música, né?! Mas isso não interessa. O que importa é que ele apagou todas as minhas musiquinhas, eu chorei de raiva e fiquei até meia noite no pc colocando tudo de novo, mas sem ter certeza se foi tudo mesmo, porque 10 Gb de música é muita coisa, né?!


E só fui dormir mesmo à 1 e meia da matina porque a criança quando fica estressada entra em colapso, fica zanzando pela casa inteira, acorda a mãe e pensa em misturar paracetamol com cefalexina pra ver se dorme - mas Deus é bom e ela não faz isso.


E como mp4 tem a ver com música (tudo que eu falo aqui tem a ver com música), e eu disse que queria ter nascido entre 60 e 70 , vamos com um clássico dos Rolling Stones - mas na voz e interpretação única da Cat Power.






sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Errar é humano

Acabei de moderar dois comentários no outro blog. Anônimo escreveu: Falta Criatividade. Bom, resumindo foi isso que ele escreveu nos dois. Em um ele escreveu mais coisas, falta maturidade e tals. Assim.
Doeu. Feito ferroada de marimbondo (que se você estiver se perguntando, eu já levei) bem no peito (a do marimbondo não foi no peito, foi na mão, mas... liberdade poética aqui, ok?!).
Por instante pensei: "não vou aprovar". Wrong! Não deixar que alguém critique meu trabalho é achar que nunca falho em escrever, e isso é o contrário do que julgo pensar. Eu erro sim, e muito. Mas nem por isso deixo de tentar.
O segundo pensamento foi: "aprovo e respondo". Wrong again. Responder pra quem?! Pro anônimo?! Eu sei, como ótima leiga em informática que sou, como é difícil por seu nome nos comentários. Tem que ter blog, ou conta do google, ou OpenID (que diabos é isso?!) ou outra coisa lá, ou ser anônimo. Eu entendo. Eu mesma, em Será, fiz um comentário como anônimo, mas pus meu nome (quanta idiotice, meu Deus, mas o blog é meu mesmo).
Outra coisa: responder o que?! "Discordo"?! "Concordo"?! Que diferença faz?! É a opinião dele. Vou discutir com opinião?! Lógico que não!
Doeu aprovar esses dois comentários. Mas foi bom também. Quem sabe não serve como incentivo para eu melhorar - cada vez mais.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vícios

Estou tentando definir como meu cérebro está. Sério. Não como a minha mente está, como estão meus pensamentos, nada dessas palhaçadas. O negócio é físico mesmo. Preciso saber se a massa cinzenta (estômago fraco?! melhor parar por aqui...) ainda está sólida ou se já virou um Milk Shake.


Por quê?! Sono acumulado. Por quê?! Fui dormir a meia-noite os últimos dois dias. Por quê?! Ah! Essa resposta você já sabe. Você que me viu online até às 23h50 (porque eu levo 10 minutos pra desligar o pc, por a camisola e escovar os dentes) esses dias. Ou você que não me viu online, acho que ontem eu não fiquei muito tempo no msn...


Incrível, não?! Pouco tempo depois de ter feito o experimento de ficar sem internet durante 4 dias, eu já voltei ao meu vício - porque sim, a internet é um vício.


Isso me lembra a biografia do Anthony Kiedis, em que ele fala que teve dois períodos de abstinência - longe das drogas - e no primeiro ele nem se sentia mal, era como se nunca tivesse usado nada. Mas depois que ele voltou, largá-la novamente envolve um esforço constante, como um sacrifício diário.


Eu não sou viciada em drogas. Mas sou viciada em outras coisas: comprar esmaltes, chocolate, ouvir música e usar a internet. Essas são ocupações que tomam muito do meu tempo, às vezes não me acrescentam em nada, podem fazer mal a minha saúde e acabam com o meu dinheiro.


Usar um blog pra falar sobre vício na internet parece ser tão eficaz como tomar remédio pra diminuir os efeitos que a abstinência de drogas causa. Mas talvez dê certo. Eu já diminui a quantidade de chocolate que consumo. Consigo me controlar na perfumaria (e quando sinto que não conseguirei, nem passo perto). Agora vou tentar usar menos a internet. Com relação à música . . .








Essa música já foi usada sim! Mas no outro blog. Se o povo não tá acessando 1 blog, que dirá 2 - ou 4.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ser EU

É difícil pra mim ser EU. Tão difícil quanto deve ser pra você ser quem você é. É difícil, complicado, doloroso, e às vezes muito chato. Mas essa é a única opção que temos. Sermos nós mesmos. 
Seria fácil ser o outro. Muito fácil. Olharíamos a tudo com aquele distanciamento necessário pra enxergar a questão em si, e não tudo aquilo que vem com ela. É como olhar um corte sem sentir a dor. Quando de fora, é fácil saber como estancar o sangue, limpar o corte, pra onde ir. Mas o sangue jorrando, as pessoas gritando e - principalmente - o corpo doendo nos impede de pensar com clareza justamente no momento em que isso é crucial.
Viver nossas vidas, com todas as dores, desesperos e percalços que as acompanham, não é fácil. Seria bom termos esse distanciamento. Poder nos observar, nos analisar, ver além das palavras, das atitudes, ir além e ver os pensamentos, as intenções das pessoas. Seria ótimo se pudéssemos pensar calmamente antes de dizer ou fazer qualquer coisa.
Seria ótimo. Mas não teria a menor graça.

Paranóia

Os últimos dias tem sido um estado de loucura. Fico dividida entre o cansaço do que já passou e a ansiedade do que há de vir. Ao mesmo tempo que percebo tempo mal aproveitado, sinto como o coelho branco da Alice, dizendo "É tarde, muito tarde!" O tempo passa a sua maneira. Corre, para, volta a correr, volta a parar.


Tantas coisas que eu quero contar aqui. Tantas outras que eu tenho que terminar de contar - Promessa é dívida. Um zilhão de pensamentos, idéias, inspirações, palavras. Perdem-se no meio das conexões cerebrais, porque (graças a Deus!) somos muito mais do que simples neurônios - que de simples não têm nada. Ao mesmo tempo, às vezes não sinto vontade de escrever.


Não me entenda mal. Amo escrever aqui, ali, acolá. Não só nos blogs, mas nas redes sociais, em e-mails, em papéis. Mas parece que aquilo escrito não tem a mesma dimensão do que aquilo pensado, ou aquilo vivido. E nem haverá de ter, é verdade. O que eu escrevo é como uma foto - guarda um momento bom, mas jamais o reflete com perfeição.


Às vezes, por mais que tente, não consigo me enxergar no que escrevo. Sou muito mais que isso - acho. Não melhor, não maior. Mas é como se sempre faltasse um pedaço de mim e eu dissesse: "Não, ainda não está bom". Perfeccionismo?! Passo longe disso, sinto muito. Mania minha?! Pode ser...


Tem quem diga que é genética. Minha prima diz que é o signo - o mesmo que o dela. Eu digo que é porque eu fui curiosa demais. Li demais, ouvi demais, assisti demais. E sempre quero mais. E por isso não caibo (essa palavra existe) em mim. E descarrego aqui. E ali, e acolá. E nos ouvidos dos outros. Sou grande demais pra mim.


Paranóia. É o que pode parecer. E é também parte de uma música de uma banda muito boa, The Subways. Uma banda que agora estou tendo o prazer de ouvir o segundo álbum, All Or Nothing. Uma banda que me lembra um tempo atrás, que eu queria ter todas as palavras pra descrever como era, mas se tentar, vou sentir que faltou algo. Sempre falta.