Os últimos dias tem sido um estado de loucura. Fico dividida entre o cansaço do que já passou e a ansiedade do que há de vir. Ao mesmo tempo que percebo tempo mal aproveitado, sinto como o coelho branco da Alice, dizendo "É tarde, muito tarde!" O tempo passa a sua maneira. Corre, para, volta a correr, volta a parar.
Tantas coisas que eu quero contar aqui. Tantas outras que eu tenho que terminar de contar - Promessa é dívida. Um zilhão de pensamentos, idéias, inspirações, palavras. Perdem-se no meio das conexões cerebrais, porque (graças a Deus!) somos muito mais do que simples neurônios - que de simples não têm nada. Ao mesmo tempo, às vezes não sinto vontade de escrever.
Não me entenda mal. Amo escrever aqui, ali, acolá. Não só nos blogs, mas nas redes sociais, em e-mails, em papéis. Mas parece que aquilo escrito não tem a mesma dimensão do que aquilo pensado, ou aquilo vivido. E nem haverá de ter, é verdade. O que eu escrevo é como uma foto - guarda um momento bom, mas jamais o reflete com perfeição.
Às vezes, por mais que tente, não consigo me enxergar no que escrevo. Sou muito mais que isso - acho. Não melhor, não maior. Mas é como se sempre faltasse um pedaço de mim e eu dissesse: "Não, ainda não está bom". Perfeccionismo?! Passo longe disso, sinto muito. Mania minha?! Pode ser...
Tem quem diga que é genética. Minha prima diz que é o signo - o mesmo que o dela. Eu digo que é porque eu fui curiosa demais. Li demais, ouvi demais, assisti demais. E sempre quero mais. E por isso não caibo (essa palavra existe) em mim. E descarrego aqui. E ali, e acolá. E nos ouvidos dos outros. Sou grande demais pra mim.
Paranóia. É o que pode parecer. E é também parte de uma música de uma banda muito boa, The Subways. Uma banda que agora estou tendo o prazer de ouvir o segundo álbum, All Or Nothing. Uma banda que me lembra um tempo atrás, que eu queria ter todas as palavras pra descrever como era, mas se tentar, vou sentir que faltou algo. Sempre falta.
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