terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nada Vai Me Sufocar

 



Parei com você, não vou arriscar
Deixo de crescer
Preciso dizer, não quero te amar
Nem comprometer
Meus sonhos, vontades
Melhor sem você
Dizer a verdade vai ajudar
Tente entender



Eu quero te perder
Pra me encontrar
Viver e ver acontecer
Me transformar
Se eu desaparecer
Pode apostar
Que nada vai me convencer
Me sufocar



Dispenso o seu drama, vou arriscar
Sei como agir
Preciso dizer, não quero te amar
Nem me iludir
Teus sonhos, vontades
Não posso assumir
Dizer a verdade vai ajudar
Pare de insistir



Por que eu quero te perder
Pra me encontrar
Viver e ver acontecer
Me transformar
Se eu desaparecer
Pode apostar
Que nada vai me convencer
Me sufocar



Pode ser que um dia eu volte atrás
E descubra que compliquei demais
Agora não vou saber
Se ao menos posso te querer




Por que eu quero te perder
Pra me encontrar
Viver e ver acontecer
Me transformar
Se eu desaparecer
Pode apostar
Que nada vai me convencer
Me sufocar




Sandy & Junior

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quero



Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.


Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?


Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.


Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.


No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.


Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.





Carlos Drummond de Andrade

Ansiedade

Hoje ia escrever um post sobre uma música e a reflexão que eu fiz sobre ela. Mas algo que ocorreu no meio do caminho transformou todo o meu dia. Uma coisa boba, quase irrelevante, mas devido ao momento pelo qual estou passando, tomou proporções gigantescas...

A moça da auto-escola ligou perguntando por que eu não tinha ido à aula. E por que eu não fui?! Porque eu simplesmente esqueci. Eu apenas esqueci das aulas pra uma prova que está tirando o meu sono, a prova que deita e levanta comigo, e não sai do meu pensamento. Eu não esqueço por um segundo dessa bendita prova, mas eu esqueci das aulas... E isso foi o suficiente pra estragar o meu dia, e se eu não tomar cuidado, vai estragar o meu fim-de-semana...

Mas por que uma coisa tão pequena se torna tão grande pra mim? Tem a ver com o título do post: a minha ansiedade. As coisas que acontecem são como bexigas, e a minha ansiedade é o ar. Então, tudo que acontece é pequeno, mas a minha ansiedade vai inflando, inflando, inflando esse acontecimento, até que ele se torne gigante (ou exploda). Não importa o quanto os outros tentem me tranqüilizar, o quanto eu mesma tente me acalmar, a ansiedade não dá ouvidos à voz da razão. Em alguns casos, o tempo dá um jeito de esvaziar, aos poucos, esse balão. Mas às vezes não dá tempo, e a bexiga explode...

Hoje, a bexiga explodiu. Chorei dentro do ônibus, briguei com a mãe, liguei pra psicóloga, escrevi um e-mail/desabafo pra melhor amiga, chorei no serviço... Fiquei com a cara vermelha, bebi 1 litro de água só de manhã, comi todo chocolate que tinha na minha gaveta (que nem é tanto assim, já que estou de dieta). Depois que explode, sobra só os vestígios do balão... Tão pequeno, sem importância... Você só lembra do susto da explosão, do barulho, da vergonha por chamar atenção (indevida e inapropriada)... E aí a ansiedade dá lugar a vergonha... E a vergonha vai embora depois de um tempo... Se alguém varrer os restos da bexiga, nem se sabe o que aconteceu... E o que foi que aconteceu mesmo?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sonhar não custa nada

Recebo mensagem de um velho amigo que vive fora, mudando seus planos de viagem por causa da crise aérea deflagrada pelo vulcão da Islândia, que ruge sua fúria outra vez, escurecendo os céus do norte da Europa. Já não poderemos nos ver como tínhamos combinado, porque as datas vão acabar se perdendo, mas, quando a natureza cobra seu preço, não há o que se fazer. Não poderemos mais nos abraçar e lembrar como sonhávamos, porque os laços mais fortes de uma geração de amigos são os sonhos compartilhados, sem dúvida alguma. E somente aqueles que viveram a mesma fatia de vida são capazes de entendê-los ou, em última análise, de adivinhar os caminhos trilhados até eles, porque as gerações mudam as modas, as gírias, os costumes, mas mudam principalmente os sonhos ou a maneira de sonhá-los.

É mesmo curioso observar as novas gerações e a estruturação de seus sonhos. Não iniciei a crônica com o rugir do vulcão impunemente. Acredito que a consciência de que o planeta anda gravemente ferido e a constatação de que o tempo parece se esgotar muito rapidamente, agora, têm transformado radicalmente os sonhos da nova geração, tornando-os mais objetivos, mais concretos, sem nenhuma chance para aqueles sonhos-que-não-podem-ser que, outrora, preenchiam nossos dias. Talvez seja assim mesmo, eu penso, com vontade de rever o amigo. Talvez já não haja lugar para utopias delirantes e aspirações etéreas. Mas se, por um lado, a objetividade e as ambições herdadas dos vorazes yuppies do final do século passado têm seus aficionados, por outro, sinto que esse olhar para um material tão delicado acaba nos aprisionando num espaço cada vez menos tolerante. Seja como for, sonhos, ainda que de formas diferentes, são feitos da mesma matéria e vale o lembrete para aqueles que ainda não desistiram deles.

Há sonhos que nascem prematuros. Como é o caso de alguns bebês. Afoitos, eles gritam sua existência em algum lugar da mente e abrem caminho por entre a massa enevoada, querendo fazer-se ouvir, ignorantes do fato de que ainda não estão fortes o bastante para justificar o alarde. Geralmente são abandonados à própria sorte e acabam desaparecendo na bruma. Eu abandonei um bom número deles à beira da estrada e, anos depois, passo grande parte do meu pouco tempo livre tentando resgatá-los. Passamos todos, no final das contas. A tal maturidade de que tanto falavam nada mais é do que aceitar a nossa galopante fragilidade. Mas voltemos ao sonho, matéria da qual somos feitos. Aprendi que um sonho prematuro, com cuidado, desejo e afeto, pode sobreviver e tornar-se uma daquelas raras alegrias eternas. O problema é saber como organizar-se para chegar a eles, porque os costumes impõem novas regras até mesmo para esse nobre esporte que não custa nada. Como dizia Emily Dickinson, a poetisa norte-americana, “Nunca falei com Deus/Nunca fui até o céu/Para ir lá adivinho/Qual é o melhor caminho!” É assim que se faz! Bons sonhos!

Miguel Falabella na Revista Istoé de 14 de Maio de 2010 - Ed. 2114

Hello World!

Aproveitei o título do primeiro post. Eles sugerem editar, ou apagar, mas eu realmente gostei desse título. Só mudei uma coisa: Coloquei World (Mundo) começando em maiúscula.

Tenho um outro blog (http://anaeomundoaoredor.blogspot.com/), e ele no nome já carrega essa relação que eu tenho com o mundo, tentando descobrí-lo, entendê-lo.

Não sou muito boa pra falar sobre mim mesma. Deixo que meus gostos, minhas opiniões, revelem aos outros como sou. E já que falei sobre gostos, e sobre mundo, e sobre mim, termino esse post com uma música muito legal de uma banda mais legal ainda (uma das minhas favoritas).





quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Muda

A gente volta no tempo,
Ou o tempo volta na gente?!
A gente chora a contento?!
A gente fica contente?!

O mundo muda
O tempo muda
A gente muda?!
A gente é muda?!

Muda de planta
Que planta, rega, aduba, cresce
E se torna árvore, folha, flor e fruto

Ou muda calada, sem voz?!
Sem opinião, vontade ou direitos
Cabeça baixa, olhar vazio...

É bom mudar?!
É bom ser muda?!

Irmãos Mais Velhos

Vejo sempre um dupla (não casal) de irmãos no ônibus que eu pego. Dou pro menino algo entre 13 e 14 anos, e a menina não mais que 10. O irmão faz pouco caso da irmã. Ela sempre se atrapalha com o bilhete único (não consegue achá-lo) e com a mochila de rodinhas. Ele não a ajuda em nada. Não sei, mas tenho pra mim que, se fosse possível, ele até a atrapalharia. Ele quase sempre senta. Ela, quase nunca. Eles parecem brigar por todo e qualquer motivo.

Quando olho pra eles, quase instantâneamente me lembro do meu irmão (guardando as devidas proporções, é claro). O que o meu irmão não sabe é que eu lembro disso com uma espécie de gratidão. Irmãos que não nos protegem a todo instante, que não nos mimam, estão na verdade nos treinando pra vida, nos preparando pro mundo lá fora. Aprendemos a nos virar sozinhas. Tornamo-nos auto-suficientes. Sabemos lidar com adversidades. E mais importante, não dependemos da ajuda de outros - nem esperamos por isso.

Sinto empatia por aquela menina, com certeza. Tenho vontade de, sem que o irmão veja, sussurrar no ouvido dela: "Já passei por isso. Acredite: um dia você vai agradecê-lo por tudo."

Arrependimentos

"I would never change a thing, even if I could." Verso de uma música (muito boa) do Foo Fighters. Sempre me senti assim. Alguns chamam isso de arrogância, que o Dicionário Michaelis (Online) define como: sf (lat arrogantia) Altivez, insolência, orgulho, presunção. Bom, isso eu nunca senti, não dessa forma. Mas quando digo que não mudaria nada na minha vida, é que ter tomado as decisões que eu tomei (boas e ruins), passar pelo que eu passei (alegrias e tristezas), me fez chegar onde eu estou hoje, me fez ser quem eu sou agora. E eu sinceramente me sinto bem comigo mesma, feliz - a despeito da minha insatisfação crônica já citada anteriormente.

Arrependimentos todos temos. Mas que eles nos sirvam de aprendizado. Que continuemos o que deu certo, mudemos o que deu errado. Arrisquemos. O que não adianta é ficar lamentando pelo que passou, como se fosse possível voltar ao passado e mudá-lo. E mesmo que fosse, já pensou o que acarretaria mudar algo do passado?! Se não pensou, pense. E sugiro que assista ao (primeiro) filme "Efeito Borboleta". Nele, o protagonista tem esse poder, de mudar o que aconteceu. Mas toda vez que ele volta e muda, ele vê que todo o futuro (dele e dos que o cercam) muda drasticamente. Paro por aqui pra não soltar nenhum SPOILER. Mas vale a pena. Guardando as devidas proporções, é isso que aconteceria conosco se mudássemos o que já passou. Isso afetaria, não só a nossa vida, mas de todos a nossa volta. Vale a pena?! Acho que não.

Ou seja, não reclame da vida, não viva no passado. Aprenda dele, cresça com ele. Guarde as boas lembranças, só. Porque quem vive de arrependimentos deixa de viver o presente, e se arrependerá muito mais no futuro. Eu não mudaria nada, mesmo se pudesse. Todas as músicas que eu costumava cantar, todas eram boas. A música (Resolve) continua. E vale muito a pena escutá-la - você não vai se arrepender.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Em Construção

Em construção porque nunca estou satisfeita com nada. Chamo de insatisfação crônica. É como a gravidez crônica, quando a mulher tem todos os sintomas de uma gravidez normal (enjoo, aumento de peso, lactação inclusive), só não está grávida. A insatisfação crônica é por aí. Tem-se todos os sintomas: irritação, desânimo, frustração, entre outros. Mas não se tem a causa, o motivo... o feto.

Como já dito no post anterior, mudo sempre. Não de cabelo, roupas ou amigos. Mudo por dentro. Às vezes quieta, às vezes faladeira. Ora calma, ora nervosa. Muito boa, ou muito má. Mas nunca satisfeita. Nunca contente. Parece que sempre fica faltando algo. Diferente de Cecília Meireles, nunca posso dizer: "...e a minha vida está completa." Porque não está. Pelo menos não agora.


Em construção quer dizer isso: a casa não está pronta, mas está começada. Lao-Tsé, filósofo chinês, disse que "uma longa viagem começa com um único passo." Estou dando esse passo agora. Pra onde eu vou?! Nem eu sei... Mas se quiser me acompanhar, poderemos descobrir juntos.

Amadurecendo

Uso sempre essa frase pra me definir: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo." Mais do que um verso de uma ótima música do Raul Seixas, ela descreve bem como eu me sinto, em relação a (quase) tudo. Acredito sim que existam pessoas que nunca mudam. Nascem ouvindo sertanejo, e morrem ouvindo sertanejo. Nascem e morrem ouvindo heavy metal. Só assistem a filmes "B" ou "cult", nunca comem em fast-food, só usam transporte público, e por aí vai... Não só acredito na existência desses, como também respeito, aceito. Afinal, quem sou eu pra julgar?! Mas diferente desses, eu mudo sempre. Não consigo me adaptar a rotina, cotidiano, dia-a-dia. E sofro. Sofro por tentar (em vão) ser igual a todo mundo, passar despercebida. "Adaptação" é uma palavra que não me cabe - pelo menos, não agora. Pra mim, soa como ter que cortar um pedaço das pernas, pra poder caber na caixa.

Outra citação que está entre as minhas favoritas, é da escritora Maria Clara Machado: "Aprendi que amadurecer dói, mas o fruto pode ser bom." Falo isso porque sinto na pele. Descobri que pra me tornar a borboleta que eu quero, tenho antes que romper o casulo que me prende; esse mesmo que até há pouco me protegia dos perigos deste mundo... E rompê-lo é difícil, dói... É vagaroso, e às vezes, frustrante. Mas dizem que nada se compara a ser borboleta, e voar por aí. Então deve valer a pena. Também sei que se não fizer isso agora, se esperar que alguém venha e rompa o casulo por mim, minhas asas nunca terão força suficiente para voar... Essa é a ideia do amadurecimento: sem dor, não há reconhecimento. Se não sofro, não aprendo, e então não amadureço.

Todos tem seu tempo, suas fases. Meu tempo de amadurecer é esse, agora. E a fase pela qual estou passando é de reflexão: parar de olhar em volta, passar a olhar pra dentro. As perguntas eu sempre tive. Mas agora estou descobrindo que eu também tenho as respostas...

Feriados

Esses nossos feriados estão todos errados:
É dia do trabalho, da república, dos finados...
E o dia da preguiça?! O da soneca?! Do descanso?!
Tem o dia da criança; mas e o do parquinho, do balanço?!
Quem faz feriado não trabalha fora;
Coloca ele qualquer dia, qualquer hora...
Não vê se é na sexta, se dá emenda...
Porque no domingo, ninguém aguenta!!!
Feriado bom é aquele que rende...
O trabalho passa, e a gente nem sente...
Feriado ruim se esconde de você
O feriado passa e a gente nem vê...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Modo de usar-se

"Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.

Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.

Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.

Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.

Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas. Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.

E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.

Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.

Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.


Martha Medeiros

Falta

Sinto falta de fazer falta pra alguém
Sinto falta do beijo no rosto, carinho no cabelo
De ver o outro, escovando os dentes, no espelho
De chamar: "meu bem"

Sinto falta de sentir saudade quando ele sai
Falta de não sentir mais saudade quando ele volta
De apertar a mão dele quando ele quer que solta
De sentir ciúmes quando ele não diz pra onde vai

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

AS THE WORLD FALLS DOWN

There's such a sad love
Deep in your eyes.
A kind of pale jewel
Open and closed
Within your eyes.
I'll place the sky
Within your eyes.

There's such a fooled heart
Beatin' so fast
In search of new dreams.
A love that will last
Within your heart.
I'll place the moon
Within your heart.

As the pain sweeps through,
Makes no sense for you.
Every thrill is gone.
Wasn't too much fun at all,
But I'll be there for you
As the world falls down.

Falling.
As the world falls down.
Falling.
Falling in love.

I'll paint you mornings of gold.
I'll spin you Valentine evenings.
Though we're strangers 'til now,
We're choosing the path
Between the stars.
I'll leave my love
Between the stars.

As the pain sweeps through,
Makes no sense for you.
Every thrill is gone.
Wasn't too much fun at all,
But I'll be there for you
As the world falls down.


David Bowie

Regina Brett's 45 life lessons and 5 to grow on

1. Life isn't fair, but it's still good.

2. When in doubt, just take the next small step.

3. Life is too short to waste time hating anyone.

4. Don't take yourself so seriously. No one else does.

5. Pay off your credit cards every month.

6. You don't have to win every argument. Agree to disagree.

7. Cry with someone. It's more healing than crying alone.

8. It's OK to get angry with God. He can take it.

9. Save for retirement starting with your first paycheck.

10. When it comes to chocolate, resistance is futile.

11. Make peace with your past so it won't screw up the present.

12. It's OK to let your children see you cry.

13. Don't compare your life to others'. You have no idea what their journey is all about.

14. If a relationship has to be a secret, you shouldn't be in it.

15. Everything can change in the blink of an eye. But don't worry; God never blinks.

16. Life is too short for long pity parties. Get busy living, or get busy dying.

17. You can get through anything if you stay put in today.

18. A writer writes. If you want to be a writer, write.

19. It's never too late to have a happy childhood. But the second one is up to you and no one else.

20. When it comes to going after what you love in life, don't take no for an answer.

21. Burn the candles, use the nice sheets, wear the fancy lingerie. Don't save it for a special occasion. Today is special.

22. Overprepare, then go with the flow.

23. Be eccentric now. Don't wait for old age to wear purple.

24. The most important sex organ is the brain.

25. No one is in charge of your happiness except you.

26. Frame every so-called disaster with these words: "In five years, will this matter?"

27. Always choose life.

28. Forgive everyone everything.

29. What other people think of you is none of your business.

30. Time heals almost everything. Give time time.

31. However good or bad a situation is, it will change.

32. Your job won't take care of you when you are sick. Your friends will. Stay in touch.

33. Believe in miracles.

34. God loves you because of who God is, not because of anything you did or didn't do.

35. Whatever doesn't kill you really does make you stronger.

36. Growing old beats the alternative - dying young.

37. Your children get only one childhood. Make it memorable.

38. Read the Psalms. They cover every human emotion.

39. Get outside every day. Miracles are waiting everywhere.

40. If we all threw our problems in a pile and saw everyone else's, we'd grab ours back.

41. Don't audit life. Show up and make the most of it now.

42. Get rid of anything that isn't useful, beautiful or joyful.

43. All that truly matters in the end is that you loved.

44. Envy is a waste of time. You already have all you need.

45. The best is yet to come.

46. No matter how you feel, get up, dress up and show up.

47. Take a deep breath. It calms the mind.

48. If you don't ask, you don't get.

49. Yield.

50. Life isn't tied with a bow, but it's still a gift.


Regina Brett

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Querer (esboço)

Quero ter sonhos imensos e sem fim
Quero ver o tempo passar
Quero que a chuva caia em mim
Para que eu sonhe sem parar
Quero ter o que fazer
Quero ter pra onde olhar
Quero amar, quero viver
Não quero ver a vida passar
Quero ser autora, diretora, produtora
Protagonista da minha história
Cansei de ser platéia, sem voz
Quero ser aqui, e quero ser agora
Quero mudar tudo,
Não quero mudar nada
Quero estar nervosa,
E ao mesmo tempo relaxada
Quero que as coisas acontecem
Da forma, do jeito, que eu quero
Mas não quero que seja forçado
Quero que seja sincero
Que não faça sentido...
Isso eu já me acostumei...