Hoje ia escrever um post sobre uma música e a reflexão que eu fiz sobre ela. Mas algo que ocorreu no meio do caminho transformou todo o meu dia. Uma coisa boba, quase irrelevante, mas devido ao momento pelo qual estou passando, tomou proporções gigantescas...
A moça da auto-escola ligou perguntando por que eu não tinha ido à aula. E por que eu não fui?! Porque eu simplesmente esqueci. Eu apenas esqueci das aulas pra uma prova que está tirando o meu sono, a prova que deita e levanta comigo, e não sai do meu pensamento. Eu não esqueço por um segundo dessa bendita prova, mas eu esqueci das aulas... E isso foi o suficiente pra estragar o meu dia, e se eu não tomar cuidado, vai estragar o meu fim-de-semana...
Mas por que uma coisa tão pequena se torna tão grande pra mim? Tem a ver com o título do post: a minha ansiedade. As coisas que acontecem são como bexigas, e a minha ansiedade é o ar. Então, tudo que acontece é pequeno, mas a minha ansiedade vai inflando, inflando, inflando esse acontecimento, até que ele se torne gigante (ou exploda). Não importa o quanto os outros tentem me tranqüilizar, o quanto eu mesma tente me acalmar, a ansiedade não dá ouvidos à voz da razão. Em alguns casos, o tempo dá um jeito de esvaziar, aos poucos, esse balão. Mas às vezes não dá tempo, e a bexiga explode...
Hoje, a bexiga explodiu. Chorei dentro do ônibus, briguei com a mãe, liguei pra psicóloga, escrevi um e-mail/desabafo pra melhor amiga, chorei no serviço... Fiquei com a cara vermelha, bebi 1 litro de água só de manhã, comi todo chocolate que tinha na minha gaveta (que nem é tanto assim, já que estou de dieta). Depois que explode, sobra só os vestígios do balão... Tão pequeno, sem importância... Você só lembra do susto da explosão, do barulho, da vergonha por chamar atenção (indevida e inapropriada)... E aí a ansiedade dá lugar a vergonha... E a vergonha vai embora depois de um tempo... Se alguém varrer os restos da bexiga, nem se sabe o que aconteceu... E o que foi que aconteceu mesmo?
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