Amy Winehouse morreu. Na era da internet, essa notícia não só é velha como mais que comentada por todos. Mas não por mim.
Amo Amy. Não simplesmente por cantar como canta, interpretar uma música como se estivesse atuando, mas por ter vivido tudo que cantou. Por sua ironia fina, por saber rir de si mesma, por não ter vergonha de ser tão dramática como uma mulher pode ser. Amy foi o que foi e passou tudo isso pro que cantou.
Detesto Amy. Por se entregar de forma tão fácil aos seus vícios, por se achar no direito de fazer da sua vida o que quisesse, simplesmente por ser quem era. Talvez, se entendesse realmente quem tinha se tornado, teria pesado mais suas decisões.
Amy não era pior artista por ser viciada em drogas/bebidas e ter uma relação conturbada com imprensa/namorado(s). Amy não era melhor pessoa por ter uma das melhores vozes da atualidade, e uma interpretação digna das grandes divas.
Amy não era a vítima ou deusa que seus fãs protegiam/adoravam. Amy não era a criminosa/leviana que seus críticos condenavam/humilhavam. Amy era uma pessoa, como todos nós somos, que fez suas escolhas e arcou com as consequências delas.
Amy escolheu ser como era, grande artista e pequena garota - pequena por se perder em si própria, por não conseguir se achar e não aceitar a ajuda oferecida.
Ninguém deve desmerecer o trabalho dela pela vida que teve. Seria necessário lembrar da vida de grandes como Picasso, Einstein, Marilyn, pra ver que vida e arte nem sempre se complementam?
Ninguém deve achar que Amy é exemplo de vida por causa de seu grande talento. O que ela escreveu é lindo, mas nem sempre possível. Viver como ela viveu é para poucos - e passa rápido.
Enfim, Amy foi linda, Amy foi dramática e irônica, foi uma das melhores. Amy se foi agora. Como tantos outros já disseram, agora ela terá a paz que não teve em vida. Uma pena.
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