terça-feira, 30 de novembro de 2010
Criatividade out
descaradamente,
desumanamente,
humilhantemente,
minha criatividade
Esse alguém me obrigou
A abusar de advérbios;
A repetir a exaustão verbos;
A fazer releituras de provérbios;
Me fez perder a dignidade.
Ele (ou ela) me tornou
uma pessoa sem idéias.
Como um circo, que na estreia,
percebe estar sem plateia.
Acabei perdendo a identidade.
Separação
Quem fica com as lembranças?!
Quem conta pras crianças
O futuro que nos sobrevém?!
Na partilha dos móveis e automóveis
Nós ficamos inertes, imóveis
Separando os objetos, inanimados
Segurando o choro e sofrendo calados
O passado a gente deixa lá atrás
Finge que não dói: "Tanto faz..."
Diz que esqueceu pra não lembrar
Fecha a porta e sai, quando quer ficar
Mente pra família e pros amigos:
"Nunca mais deixo isso acontecer comigo!"
Fica se culpando, se coloca de castigo
Quando o que mais precisa é de um afago, um abrigo
E o futuro, o que se faz com ele?!
Ele não para, não espera, ele segue
"Pois então, ele que me carregue,
depois eu vejo o que faço dele..."
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
(Mais) Meninas e (Menos) Meninos
domingo, 28 de novembro de 2010
Não pra mim
Não cabe em mim
Passar a noite na balada
Não é pra mim
Opiniões pré-moldadas
Não servem pra mim
Discussões acaloradas
Não estou afim
Essa mania de querer sempre mais
De nunca ficar em paz
De não olhar pra trás
Essa vontade de viver tudo de uma vez
De se arrepender do que não fez
Querer viver um ano em um mês
E eu me pergunto se foi sempre assim
Se não faz sentido só pra mim
Quando o NÃO virou SIM ?!
Descobriremos o culpado só no fim ?!
Perdemos todos os detlhes e afins
Pra percebemos que estávamos certos e errados, enfim?!
Pela metade
Meio poesia, meio prosa
Bloqueios de criatividade
Sinto a mente vagarosa
Explicações
Meu mp4 novo é do mal. Ele não respeita a organização em pastas que eu fiz, pensa que sabe mais do que eu em termos de organização (ele pode não estar errado, mas me recuso a perder pra uma máquina), e bagunça geral as minhas músicas.
Meu mp3 antigo é do bem, mas um pouco limitado em espaço (coitado, 1 GB só), e está com o fone de ouvido quebrado.
Essa novela toda pra dizer que ouvir o primeiro álbum do Red Hot não foi uma tarefa fácil - como se simplesmente ouví-lo fosse. Mas essa semana sai a resenha dele, e se o mundo conspirar ao meu favor, de outros também.
Unsbeijos.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Quis (Ser Quem Não Sou)
Estar aqui agora
Fugir daqui sem demora
E deixar tudo pra trás
Quis ser diferente do que sou
Trocar de lugar com alguém
Ou mesmo não ser ninguém
Pra não ter que lembrar o que passou
Eu quis fugir de mim e dos outros
Eu tentei ser normal
Quis ser a todos igual
Sem saber que eram todos loucos
Eu vi todos felizes nadando
E sem pensar me joguei ao mar
Mas lembrei que não sei nadar
E então acabei me afogando
Eu quis, por um momento,
Viver num sonho delirante,
E mesmo que por um instante,
Viver sem o meu sofrimento.
Eu quis ser quem não sou
E estar onde não era meu lugar
Mas mesmo que eu venha mudar
Eu que devo escolher pra onde vou.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Vermelhos e Quentes como Pimentas ao Quadrado
Update: Troquei alguns vídeos, porque os outros não rodavam. Thanks! Mari, pelo aviso.
O título é uma brincadeira com o nome da banda: Red Hot Chili Peppers (na tradução literal: Vermelho, Quente, Pimenta, Pimenta). E antes que alguém me pergunte, eu não sei a diferença entre uma pimenta e outra, eu não entendo de pimenta, eu entendo de Chili Peppers (e quem achar graça do trocadilho não me conte, porque eu não o fiz pra ter graça, ele NÃO TEM GRAÇA, ok?!).
Qual é o sentido do nome da banda?! A primeira lição a se aprender sobre os Red Hot: não procure sentido. Nunca. Não espere por nada. Não pense que você vai entender, porque você não vai. Sério. Se quer que as coisas façam sentido, se quer entender, se quer tentar adivinhar qual será o próximo passo, procure outra banda. Essa não fará isso por você.
Anthony Kiedis [vocalista da banda] dá uma explicação bem "mais ou menos" na sua biografia (que eu estou relendo para ajudar a construir os posts. Aliás, escreverei também um post sobre releituras mais pra frente, me cobrem): "(...) Até hoje, Tree [não lembro quem é] e Flea [baixista] afirmam que eles inventaram Red Hot Chili Peppers. É uma derivação de um blues ou jazz clássico da velha guarda. (...) Se você pensar em Red Hot Chili Peppers em termos de um sentimento, uma sensação ou uma energia, é perfeito para nossa banda, mas se você pensar em termos de um vegetal, ele assume várias conotações bregas. (...) Basta dizer que achamos louco quando as pessoas começaram a trazer pimentas para nossos shows, numa espécie de oferenda." Já vi em entrevistas outras explicações, mas como memória é artigo de luxo pra mim, vou ficar devendo essa informação pra vocês... So sorry...
A formação original da banda é: Anthony (vocal); Flea (baixo); Hillel Slovak (guitarra); e Jack Irons (bateria). Essa não é a formação que gravou o primeiro álbum (Jack Sherman e Cliff Martinez no lugar de Hillel e Jack Irons, respectivamente). No segundo álbum Hillel volta e sai Jack Sherman, e no terceiro voltamos a ter a formação original. Isso não dura muito. Hillel morre por overdose e Jack Irons abandona a banda. Depois de alguns bateristas (não me lembro ao certo quantos) e zilhares de guitarristas, temos a formação mais conhecida dos Chili Peppers: Os dois primeiros, mais Chad Smith na bateria e John Frusciante na guitarra. Lançamento do quarto álbum, mudança de gravadora e então lançamento de um dos mais famosos (e o melhor) álbum deles: Blood Sugar Sex Magik. John sai da banda (em parte por certas atitudes não-louváveis do Anthony, em parte pela maluquice própria). Dave Navarro é escalado para substituí-lo (não sem antes passarmos pela odisséia de mais zilhões de guitarristas - de novo). Sexto álbum lançado, John volta, teremos agora o (provavelmente) mais conhecido e rentável álbum da carreira: Californication - pausa para ouvirmos a "galera" cantando totalmente errado o refrão de "Otherside" no Rock In Rio III. Oitavo álbum lançado, sem alcançar o mesmo sucesso - óbvio. Nono álbum (duplo) lançado e um hiato de 4 anos. No meio desse hiato John nos revela que está deixando a banda (dessa vez, até onde eu saiba, só pra continuar com as birutices dele). Estamos agora em 2010 com a promessa de um novo álbum em 2011 e a vinda deles para o Rock In Rio IV (YEAH!!!!). O guitarrista que fica no lugar de John é Josh Klinghoffer (não sei nada sobre ele, nem como se pronuncia o sobrenome. Quando descobrir, aviso).
Esse post não conta muito sobre as "fases" do Red Hot pois pretendo falar sobre isso nos outros posts. Mas só pra você ter certeza que conhece Red Hot Chili Peppers (já cantarolou alguma música deles, já achou esquisito algum clipe deles, já se perguntou: "Mas que @#$%&* é essa?!"):
Antes de mais nada...
Prometi um post sobre os Red Hot (em construção) e outros sobre cada álbum de estúdio deles... Mesmo que eu tivesse postado no domingo o geral e na segunda começasse com os álbuns, mesmo assim eu não terminaria os posts especiais essa semana (9 álbuns X 7 dias, dá pra entender a lógica, né?!)
Mas hoje já é quarta e ainda não postei nenhum álbum, nem o geral sobre a banda (ainda). Estou atrasada. Mas não esqueci. Promessa é dívida - e eu odeio ficar devendo.
My Friends
My friends are so depressed
I feel the question
Of your loneliness
Confide... 'cause I'll be on your side
You know I will, you know I will
Ex Girlfriend called me up
Alone and desperate
On the prison phone
They want... to give her 7 years
For being sad
CHORUS :
I love all of you
Hurt by the cold
So hard and lonely too
When you don't know yourself
My friends are so distressed
And standing on
The brink of emptiness
No words... I know of to express
This emptiness
CHORUS :
I love all of you
Hurt by the cold
So hard and lonely too
When you don't know yourself
Imagine me taught by tragedy
Release is peace
I heard a little girl
And what she said
Was something beautiful
To give... your love
No matter what
Is what she said
RED HOT CHILI PEPPERS
É cada vez mais difícil escolher
Ninguém escapa de se sentir assim de vez em quando. Ou de vez em sempre.
E a tecnologia, que na teoria deveria nos libertar, muitas vezes piora nossa sensação de prisão.
A pressão para estar no Orkut, no Facebook, no Twitter, fazer novos amigos, comentar tudo, ter mais seguidores, favoritar, estar atualizado 24 horas por dia - chega!
Uns escapam de um jeito, outro de outro. Uma amiga decidiu que sua ótima vida, como profissional bem-sucedida, simplesmente não é para ela. Vai pra Nova York, segundo ela, “ler”.
Decidiu que quer andar de jeans e tênis, pegar metrô, cozinhar o que gosta, conversar sobre o que quer. Boa viagem, professora.
Eu fantasio com uma vida mais simples. Você não? Dou meus passinhos pequenos nesta direção. E uns passões para trás. Tanta coisa para fazer, tantas possibilidades - decidir é difícil. Quero menos opções.
Sheena Iyengar, professora na Columbia University, realizou um experimento muito interessante. Ofereceu para um grupo de pessoas seis tipos de geléia para comprar; e para outro grupo, 26 sabores, incluindo os seis do outro grupo.
Quem você acha que comprou mais geleia? O grupo que só podia escolher entre seis sabores. Quanto mais numerosas nossas opções, mais difícil escolher uma.
Frequentemente acabamos escolhendo nenhuma. Ou decidindo escolher nenhuma, ou simplesmente procrastinando, deixando para depois, e deixando a vida nos levar sem decidir nada.
Eu já sabia disso instintivamente. É a sensação que me paralisa em uma megaloja de discos ou uma livraria gigante, recheadas de ofertas irresistíveis. Conheço a solução. É criar as regras antes de entrar na loja.
Na Amoeba, loja de CDs e filmes em Los Angeles que frequento uma vez por ano, só entro depois de decidir a regra do dia: hoje, só comprarei caixas de CDs que estejam em promoção e documentários em DVD.
Nem olho para o resto. É focar e relaxar. Acabo comprando alguma coisa fora da minha regra do dia?
Inevitavelmente. Mas depois que a cesta está cheia de coisas é que vou dar a última bispada, e termino escolhendo só mais dois ou três itens “fora das regras”.
Como transportar esta estratégia para minha vida cotidiana? Vou tentar.
Depois te conto o que aprendi.
André Forastieri
Jornalista
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/
sábado, 20 de novembro de 2010
Sobre adolescência, irmãos e bandas...
Programação Especial
Por quê?! Porque o Blog é meu, oras!!! Isso é muito egocêntrico?! Ok! então, porque essa é a melhor banda do mundo. Isso soa muito fã?! E se eu disser que é porque eles lançarão um CD de inéditas ano-que-vem, e serão a atração principal de um dos dias do Rock In Rio, pode ser?! Estou sendo apressada?! Então volte ao começo do parágrafo e lembre-se: o Blog é MEU, EU que mando.
Antes de começar a falar sobre os CDs, farei um post introdutório para aqueles que conseguiram viver até hoje sem saber da existência dessa banda. E aqueles que já conhecem, acrescentem o que quiserem nos comentários. A todos: Enjoy it!
Programação Especial
Por quê?! Porque o Blog é meu, oras!!! Isso é muito egocêntrico?! Ok! então, porque essa é a melhor banda do mundo. Isso soa muito fã?! E se eu disser que é porque eles lançarão um CD de inéditas ano-que-vem, e serão a atração principal de um dos dias do Rock In Rio, pode ser?! Estou sendo apressada?! Então volte ao começo do parágrafo e lembre-se: o Blog é MEU, EU que mando.
Antes de começar a falar sobre os CDs, farei um post introdutório para aqueles que conseguiram viver até hoje sem saber da existência dessa banda. E aqueles que já conhecem, acrescentem o que quiserem nos comentários. A todos: Enjoy it!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Antes que eu me esqueça...
Mas uma semana depois (exatamente isso) parece que eu tenho carta de motorista há 5 anos - dois erros nessa afirmação: 1º que eu ainda não tenho carta, ela chega até o fim do mês na Auto-Escola; 2º que se fosse há 5 anos, eu teria 16, e aqui no Brasil não se pode tirar carta antes dos 18 (e agora vocês sabem a minha idade). Como pode isso?! Como pode, como pode?! Sei lá, a bexiga estourou e seus restos já foram varridos (não entendeu?! leia posts anteriores).
Agora tenho outras inquietações. Outras ansiedades. Uma boa, inclusive. Mas isso fica pra semana-que-vem. Semana-que-vem vocês descobrirão um pouquinho mais de mim.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
O atoleiro do passado
Algumas cisões mudam toda a maneira de ver o mundo: lá se vai a crença de um amor que resiste a tudo e fica um gosto estranho de fracasso, como se as emoções, e as pessoas, pudessem ser avaliadas em termos tão maniqueístas. Separar-se de alguém que se amou demais é, antes de mais nada, triste. Mas tristezas, por mais fundas que sejam, passam. Desde que não as alimentemos.
A forma mais comum de alimentá-las é insistir em um contato nocivo por nos trazer alento, um tanto duvidoso, mas um alento: a voz conhecida, as palavras um dia tão queridas, o choro que sabemos como estancar, a risada que nos lembra dias mais ensolarados (você já reparou como nos sentimos mais acolhidos com a segurança do passado conhecido, com todos os seus problemas, do que com o vislumbre do futuro?). Alimentá-la é achar que isso pode, em algum nível, fazer bem para algum dos dois. Eu já participei dessa peça. É como manter vivo um paciente com falência cerebral na esperança de que um milagre o faça acordar sorrindo, inteiro. Dói todos os dias em que isso não acontece. E dói mais ainda quando, finalmente, ele morre — mas, então, pelo menos, todos estão livres para seguir a vida.
A verdade é que enquanto não decidimos se acabou ou não, se queremos aquela relação de volta (com todas as idiossincrasias, neuroses e desgastes que nos fizeram partir) ou se ela faz parte do panteão do passado, nada anda. Atolamos. Ninguém novo pode entrar, arejar os dias. Nem sozinho ficamos bem. Só a vulto constante da tristeza nos acompanha, mesmo nas horas mais alegres — ela sabe que, a qualquer momento, a guarda baixará e haverá espaço suficiente para voltar a instalar.
Enquanto continuarmos a olhar para trás, o passado é tudo o que veremos – mesmo não significando que ele seja tudo o que existe.
Ailin Aleixo
http://revistaalfa.abril.com.br/blogs/mulher-honesta/
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Pequenos Eventos, Grandes Eventos
O que seria um grande evento?! Uma série de Shows, ou melhor, um Festival de Música, que contasse com 3 grandes edições no país de origem, e algumas outras em outros países, seria um grande evento?! Hum... Sim!!!
Ok. E agora, o que seria um pequeno evento?! Uma pequena notícia numa página (confiável) da internet, sobre quais bandas vão tocar no Festival já citado, poderia ser considerado um pequeno evento?! Também...
E a variedade de sensações, sentimentos, lembranças e outras coisas que essa notícia pode causar em uma pessoa?! Como classificar?!
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Wicked Game
No one could save me but you
It's strange what desire make foolish people do
I never dreamed that I'd meet somebody like you
I never dreamed that I'd lose somebody like you
No, I don't want to fall in love (This love is only gonna break your heart)
No, I don't want to fall in love (This love is only gonna break your heart)
With you
What a wicked game to play
To make me feel this way
What a wicked thing to do
To let me dream of you
What a wicked thing to say
You never felt this way
What a wicked thing to do
To make me dream of you
And I wanna fall in love (This love is only gonna break your heart)
No, I don't want to fall in love (This love is only gonna break your heart)
With you
Chris Isaak
No final das contas, o que é amar alguém?
Em algum canto de mim morava a certeza tolamente romântica de que, quando se tornasse realidade, ele curaria minha ansiedade inerente e instalaria a tranqüilidade tão desejada, necessária. Mas isso não aconteceu. Nunca uma pessoa apaziguou meu tumulto. Então teria sido amor?
Os fatos – tão repletos de ausência de sentido em tantos momentos – que me deixam incrédula, rancorosa, triste, seriam apenas pequenos contratempos sem importância comparados ao brilho e à dimensão que a entrada do amor daria a minha vida. Alguns homens passaram por mim, mas a ocasional frustração e a raiva causadas por palavras ferinas e atos escusos – e a inevitável decepção atrelada a eles – nunca deixaram de me assolar. Se a presença de nenhum deles tornou insignificante minha angústia, teria sido amor?
Jamais desejei, com urgência e paixão uterinas, ter filhos com um homem nem sonhei com uma grande mesa repleta de netos, noras e genros. Também não me imaginei, idosa, ao lado dele a passear pela rua. E me senti uma subespécie de mulher, isolada do resto da humanidade portadora de belos desejos a longo prazo: se nunca vislumbrei esse futuro conjunto, teria sido amor?
Demorei para aprender, mas hoje compreendo o significado de amar. O meu significado. Amar alguém é curtir o correr dos dias ao lado dele, tirando, a cada oportunidade, o peso devastador das expectativas, porque é da leveza que nasce a harmonia. É sentir (e não saber – o que faz toda a diferença) que ele precisará da minha ajuda tanto quanto eu de um ombro para descansar; que o fim não mede a beleza de uma relação, assim como a morte não anula quem fomos; que nada, nem ninguém, arrancará de mim as sensações que me fazem ser quem sou (e que precisarei, sozinha, não destruí-las, mas lidar com elas); entender que a obrigação de me salvar é absolutamente minha.
Amar alguém é ter a liberdade de ser.
Ailin Aleixo
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Teardrops
I break down and cry, next time i'll be true, yeah
Fever for lost romance, remind me baby of you
i took a crazy chance and next time i'll be true, i'll be true, i'll be true
Footsteps on the dancefloor, remind me baby of you
Teardrops in my eyes, next time i'll be true, yeah
Whispers in the powder room, she cries on every tune, every tune, every tune
And the music dont feel like it did when i felt it with you
Nothing that i do or feel ever feels like i felt it with you
When im dancing round, remind me baby of you
I really let you down, next time i'll be true yeah
I took a crazy chance, she cries on every tune, every tune, every tune
Footsteps on the dancefloor, remind me baby of you
Teardrops in my eyes, next time i'll be true yeah
Whispers in the powder room, she cries on every tune, every tune, every tune
And the music dont feel like it did when i felt it with you
Nothing that i do or feel ever feels like i felt it with you
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Make You Feel My Love
And the whole world is on your case
I could offer you a warm embrace
To make you feel my love
When the evening shadows and the stars appear
And there is no one there to dry your tears
I could hold you for a million years
To make you feel my love
I know you haven’t made your mind up yet
But I would never do you wrong
I’ve known it from the moment that we met
No doubt in my mind where you belong
I’d go hungry, I’d go black and blue
I’d go crawling down the avenue
There’s nothing that I wouldn’t do
To make you feel my love
The storms are raging on the rollin’ sea
And on the highway of regret
The winds of change are blowing wild and free
You ain’t seen nothing like me yet
I could make you happy, make your dreams come true
Nothing that I wouldn’t do
Go to the ends of the earth for you
To make you feel my love
Bob Dylan
sábado, 6 de novembro de 2010
Meu desejo pra mim essa semana
Feeling Good
Birds flying high you know how I feel
Sun in the sky you know how I feel
Reeds drifting on by you know how I feel
Its a new dawn it's a new day its a new life for me
And I'm feeling good
Fish in the sea you know how I feel
River running free you know how I feel
Blossom in the trees you know how I feel
It's a new dawn its a new day it's a new life for me
And I'm feeling good
Dragonflies all out in the sun
You know what I mean, don't you know
Butterflies are all having fun
You know what I mean
Sleep in peace
When the day is done
And this old world is new world and a bold world for me
Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Yeah freedom is my life
And you know how I feel
Its a new dawn its a new day its a new life for me
And I'm feeling good
Feeling Good
Sun in the sky you know how I feel
Reeds drifting on by you know how I feel
Its a new dawn it's a new day its a new life for me
And I'm feeling good
Fish in the sea you know how I feel
River running free you know how I feel
Blossom in the trees you know how I feel
It's a new dawn its a new day it's a new life for me
And I'm feeling good
Dragonflies all out in the sun
You know what I mean, don't you know
Butterflies are all having fun
You know what I mean
Sleep in peace
When the day is done
And this old world is new world and a bold world for me
Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Yeah freedom is my life
And you know how I feel
Its a new dawn its a new day its a new life for me
And I'm feeling good
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Mensagens Motivacionais me desmotivam
Nem desistir nem tentar, agora tanto faz...
O instrutor avisa que o local da prova mudou, o que pode ser bom, e pode não ser também. Parece mais fácil, mas tem outras dificuldades. E eu nem conseguindo fazer o básico. Em duas aulas, acertei duas vezes a baliza e uma o estacionamento.
Tenho mais duas aulas segunda-feira, mas isso não me anima muito. Desde a primeira vez que eu não passei, tenho pensado seriamente em desistir. Desistir mesmo, admitir a mim mesma que não nasci pra isso, não tenho esse dom, não sou capaz. Simplesmente acreditar que algumas pessoas passarão por essa vida sem aprender a dirigir, e eu tenho quase certeza que sou uma delas...
O problema de ser inteligente (e sei que sou) é que isso cria um certo orgulho na pessoa. Não passar na prova do DETRAN de primeira (nem de segunda) é doloroso, e quando percebo que tenho chances (das maiores, a propósito) de não passar na terceira tentativa, começo a duvidar da minha própria inteligência, e embora tenha passado em 5 concursos (yeah!), eu me sinto uma idiota quando estou atrás de um volante.
Talvez o certo seria não eu acreditar que é impossível passar na prova, mas que com certeza será mais difícil do que passar num concurso. Porque eu realmente nunca estudei seriamente pra passar num concurso, eu simplesmente ia lá e fazia. Mas a prova de direção não é assim tão fácil. Por isso, vai exigir mais esforço, empenho, dedicação, treino e, principalmente, vontade de passar. Não posso jogar pro alto tudo o que fiz pra chegar até aqui e dizer: "Seja o que Deus quiser". Eu acredito sim em Deus, só que dessa vez, acho que isso está nas minhas mãos.
Parei na metade desse texto pra almoçar, por dois motivos: 1º Troquei de horário com a outra secretária; 2º Estava (estou) com muita dor-de-cabeça, e pra eliminar uma causa (fome), fui encher meu estômago. Embora o almoço tenha sido delicioso e eu comi mais do que devia, a dor não passou, o que nos leva a mais 3 causas: 1º Sono, porque eu fui dormir muito tarde pra ver quem saia d'A Fazenda (e ainda assim não vi, acredita?! Vou ver agora na internet); 2º Cabelo preso depois de uma temporada de cabelos soltos ao vento - mas nem, hoje de manhã ele acordou muito rebelde, tive que prendê-lo; ou 3º Ansiedade pré-prova, muito comum em pessoas normais, freqüente em pessoas ansiosas, natural como ir ao banheiro pra mim. Antes de terminar de escrever esse post (que será conhecido como a "Ilíada" do blog, só que sem toda a veia poética/artística/cultural/histórica da já citada) liguei pra minha mãe, e ela me contou que a prova foi remarcada pra sexta-feira, o que me dá mais uma semana pra passar mal. Liguei na auto-escola e graças ao bom Deus o pessoal de lá teve a sagacidade de mudar minha aula para quinta-feira, mesmo horário. Só esqueceram de avisar, né?!
Obs.: Nada do que escrevi aqui foi irônico, embora muitas vezes possa parecer...
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
REFLEXOS DO OUTRO LADO DO ESPELHO
Ando à cata dos tais neurônios-espelho, tal qual uma criança que aprendeu uma palavra nova e quer usá-la em todas as ocasiões. São eles os responsáveis pelos braços daquela bailarina que copiou os da mestra na cinzenta sala de ensaio, porque, quando os tais neurônios iluminam-se na massa cinzenta, eles permitem que nos coloquemos no lugar do outro e realmente sintamos a dor ou alegria alheias, além do entendimento conceitual. São os neurônios-espelho que nos emocionam na plateia do teatro e também são eles os responsáveis pela gargalhada que cresce numa espiral na direção do urdimento, porque mimetizam a dor, a alegria e a surpresa das personagens. São eles, enfim, que fazem os bebês imitar as expressões faciais dos adultos e, agora, acaba de me ocorrer que os santos, aqueles que são lembrados por sua piedade, devem fazer uso integral de seus neurônios-espelho. Compaixão não é coisa que se adquira sem a capacidade de viver, por um momento que seja, a vida do outro.
O mais importante nessa descoberta, entretanto, foi que a existência dos neurônios-espelho – que, em última análise, e numa hipotética projeção futura, seriam capazes de ler mentes, já que nos possibilitam ter um absoluto entendimento emocional do outro – associa a cultura à biologia definitivamente e nos torna cada vez mais responsáveis pelas atitudes e pelo conteúdo que vamos refletir nos bilhões de pequenos espelhos nos circuitos internos das novas gerações.
Ando, por isso, também revisitando meus espelhos, resgatando imagens e gestos que ficaram aprisionados ali. Imagino que todos eles devem ter se acendido em festa ao ver Bibi Ferreira em “Hello Dolly”, quando eu tinha meus 8 anos. Tamanho foi o júbilo daquele grupo de células que nunca mais deixei de repetir a cena. Mamãe está sempre com um livro na mão e agradeço a ela pela imagem. Papai gravou na superfície de cada um deles o modo divertido de olhar a vida e me ofereceu, descubro tarde demais, todos os gestos e enunciados de humor que repito vida afora.
É bom revisitar aquilo que ficou gravado. Os espelhos com o passar dos anos tendem a perder o brilho e ficam sem a nitidez de outrora. Resgatá-los é uma tarefa mais agradável do que se supõe. É como recuperar os dados do nosso sofisticado disco rígido e afinal entender a importância daquilo que biologicamente deixamos como a herança de um povo.
Miguel Falabella é ator, diretor, dramaturgo e autor de novelas