Na divisão dos Bens
Quem fica com as lembranças?!
Quem conta pras crianças
O futuro que nos sobrevém?!
Na partilha dos móveis e automóveis
Nós ficamos inertes, imóveis
Separando os objetos, inanimados
Segurando o choro e sofrendo calados
O passado a gente deixa lá atrás
Finge que não dói: "Tanto faz..."
Diz que esqueceu pra não lembrar
Fecha a porta e sai, quando quer ficar
Mente pra família e pros amigos:
"Nunca mais deixo isso acontecer comigo!"
Fica se culpando, se coloca de castigo
Quando o que mais precisa é de um afago, um abrigo
E o futuro, o que se faz com ele?!
Ele não para, não espera, ele segue
"Pois então, ele que me carregue,
depois eu vejo o que faço dele..."
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