sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pressurização e Despressurização

Mais notícias sobre a minha carteira de motorista: Não, eu não passei. Eu nem tentei de novo (ainda). A prova é semana-que-vem. Duas aulas foram hoje (e mais duas serão na segunda). Meu estômago dói agora. Creio que mais pela falta de alimentação (sorry mom !!!!), do que pelo nervoso. Mas não descarto uma possível ( e até bem vinda) ansiedade pré prova. Como assim, bem vinda?! "Hello, Ana, você surta quando fica ansiosa, não se recorda?" Não, ultimamente não ando me recordando muito das coisas (uma falta de memória absurda, se um dia voltar a ir ao médico, comento sobre isso com ele...).

O caso é que essa ansiedade é bem vinda sim. Minha mãe ontem comentou comigo: "Te sinto mais calma dessa vez..." Eu também me sinto. E isso, de certa forma, me assusta. Deixe-me explicar: Depois do post sobre a ansiedade, a "bexiga" estourou, todo o ar (ansiedade) foi embora e eu fiquei calminha, calminha... e murcha. Estava bem, estava feliz, estava... aérea. Deixei de ser a Ana que ia fazer uma prova do DETRAN, pra ser a Ana que assistia aos outros fazerem prova. Simplificando: Eu não estava nem aí. Nem aí pra nada. Parecia que eu tinha ido passear, e não passar numa prova de direção. Ou seja: não passei mesmo. Não levei a sério.

Disse a todos que fiz o meu melhor. E realmente fiz. O melhor que eu poderia ter feito pra mim, naquela hora, era ter ficado calma. Era isso, ou chorar durante o percurso todo (garanto: essa não era, nem de longe, uma boa opção). Mas fiquei tão calma, mas tão calma, que perdi o foco, me distanciei tanto do problema que - naquele momento - ele deixou de ser meu. E ele é o MEU, unica e exclusivamente MEU, problema. É a MINHA carteira, e com ela a MINHA comodidade, o MEU melhor aproveitamento de tempo, até a MINHA independência em certos aspectos. Mas eu não vi isso na hora.Estava tão murcha que não tive forças (ânimo, vontade, disposição... o que couber melhor) para lutar por aquilo. Estava ali por estar.

Se eu me arrependo?! Não, nem um pouco. TINHA que passar por aquilo. Sem aquela experiência, não estaria preparada (como julgo estar) para o próximo passo, que é: refazer a bendita prova. Dessa vez consciente que aquilo é problema meu sim, muito meu, só meu. Dessa vez, um pouco de ansiedade (bem pouco mesmo, viu?! prometo) me fará bem. Me lembrará qual é o meu anseio (desejo, determinação).

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