Um mar revolto
Não mais se conteve
E invadiu a terra
As lágrimas
molharam os rostos
borraram os olhos
salgaram a boca
A tempestade
despejou sua fúria
sobre nossas cabeças
E ficávamos perdidos
Não sabíamos
Se ríamos ou chorávamos
Na dúvida, os dois fizemos
Depois de tanta seca
Do tempo da estiagem
Choveu como há muito não chovia
E por isso as flores cresciam
Depois da tempestade
Veio a bonança
Renovou-se a esperança
Esqueceu-se do passado
No deserto fez-se um jardim
Depois do caos, calmaria
A noite que parecia sem fim
Acabou-se com o raiar de um lindo dia.
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